Todos nós crescemos ouvindo que “somos o que comemos”, mas a ciência da nutrição e epigenética propõe que somos também o que nossa mãe – e talvez até a nossa avó – comeu. Portanto, a saúde humana é condicionada, a longo prazo, não só pela nossa alimentação atual, mas pela forma como nossas mães se alimentaram durante a gravidez e até mesmo a alimentação da geração anterior pode ter afetado nossos genes, para o benefício ou dano de nossa saúde.
Uma grande parcela da população ainda não consome alimentos essenciais em quantidades adequadas de forma a suprir as necessidades nutricionais. Além disso, mantém uma dieta com baixa variedade de alimentos. Essas pessoas comumente apresentam baixo consumo de micronutrientes, quando comparado ao recomendado pelas diretrizes de nutrição.
No Brasil, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) dos anos de 2008-2009 mostraram que essa recomendação de consumo não é atingida por 90% da população. Ademais, na faixa etária entre 19 a 59 anos de idade, foram encontradas as maiores prevalências de inadequação de vitaminas A, D, E e C, cálcio e magnésio. Da mesma forma, o consumo de fibras, cuja recomendação do Ministério da Saúde é de 25 gramas por dia, foi considerado inadequado em 75% das mulheres adultas avaliadas.
Sabe-se que o consumo inadequado de nutrientes na gestação reflete em um estado nutricional abaixo do ideal, incluindo comprometimento do progresso físico e mental do feto, colocando a criança em um curso deletério de baixa estatura, com maior probabilidade de contrair infecção e de atraso no seu desenvolvimento.
A gestação é uma fase na vida da mulher cheia de muitas descobertas. Quando a mulher engravida, o bebê passa a utilizar nutrientes que a mãe tinha estocado antes da concepção e os nutrientes provenientes da alimentação da mulher durante a evolução da gestação. Durante a gestação a necessidade de nutrientes aumenta e com isso alterações na alimentação são importantes para melhorar essa oferta.
É muito comum ver as gestantes fazendo uso de suplementos polivitamínicos prontos específicos para essa fase. Mas você deve estar pensando, ué, mas isso não é bom? Pois bem, o que acontece é que normalmente a composição desses suplementos prontos tem associação de vitaminas e minerais. O que preocupa é que são suplementos com minerais de baixa absorção pelo organismo e com grande interação entre si, o que muitas vezes impede a absorção de algum deles. Ou seja, nem todos os nutrientes que compõe o polivitamínico será absorvido de maneira satisfatória e suficiente para atingir as necessidades dessa fase.
Mas então, o que seria o ideal para garantir o correto desenvolvimento do bebê, o aporte ideal de nutrientes e uma gestação bem-sucedida?
A gestante deve encarar a gestação como um momento para cuidar da saúde e cuidar da alimentação. As visitas ao obstetra são essenciais, além de realizar o pré-natal nutricional com frequência e acompanhamento com nutricionista. O pré-natal nutricional consiste em organizar a alimentação e, de acordo com isso, suplementar o que for necessário através de exames, fórmulas manipuladas individualizadas e adequadas para a idade nutricional.
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