A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
A Cigarra e a Formiga é uma das fábulas infantis mais conhecidas e famosas. E ela continua sendo bem presente na nossa memória. Ela fala sobre uma cigarra preguiçosa e uma formiga esforçada, comparando as duas posturas sobre o trabalho e o futuro.
A narrativa costuma ser atribuída a Esopo, autor da Grécia Antiga, mas também foi contada em versos pelo francês La Fontaine e teve inúmeras adaptações, incluindo a do escritor brasileiro Monteiro Lobato. Estamos entrando no inverno e nada mais apropriado do que revisitar esta fábula. E o que ela quer nos dizer hoje?
Quantas pessoas conhecemos que vivem como se a vida fosse um eterno verão, jamais se preocupando com a ética do trabalho honesto, com a poupança, com a dedicação e comprometimento, acreditando que jamais lhes chegará o inverno. Passam os dias cantando e, muitas vezes, zombando dos que trabalham duro, dos que acreditam na honestidade, no caminho certo.
O problema é quando chegar o inverno—e ele sempre chega. Aí então essas pessoas sofrerão a dor do frio do abandono, do desprezo, do desemprego e talvez da fome. E aí não adiantará reclamar, se arrepender, nem pedir ajuda, pois os que trabalharam, amealharam, economizaram, deram duro, com certeza, com toda a razão e direito dirão aos que viveram cantando:
Você não cantou? Agora dance!
Pense nisso. Sucesso!