Aprendizados do tour da Abundância – Parte 3

Para mim, viagens são como celeiros de aprendizados para o autoconhecimento

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Nos meus artigos anteriores, expliquei o que é o tour da abundância, porque ele existe e como ele se conecta com a minha empresa, FazINOVA – sendo um dos maiores projetos que já desenvolvemos. Anteriormente, também, escrevi cinco aprendizados que obtive após os meus primeiros 42 dias viajando pelo mundo. A verdade é que o tour da abundância já me ensinou tanto que poderia render dezenas e mais dezenas de artigos como este. Para mim, viagens são como celeiros de aprendizados para o autoconhecimento, e é olhando por esse viés que compartilho minhas ideias, com foco especialmente no comportamento humano.

Tempo para tudo
Quando em viagem, ao mesmo tempo em que podemos estar mais entregues e presentes para curtir cada momento, também podemos ter a sensação de desejar abraçar todas as horas de que dispomos para conseguir conhecer e fazer tudo aquilo que queremos. Isso acaba nos afastando do estado de presença. Tive algumas paradas bem breves durante minhas viagens, mas aprendi que não interessa o tamanho da correria, existe tempo para tudo. Existe tempo para assistir ao pôr do sol. Existe tempo para ser paciente com os outros. Existe tempo para olhar para o céu e ver as estrelas. E existe tempo, também, para você mudar alguns dos seus padrões de comportamento.

Mudando padrões
Eu, por exemplo, tenho fascínio por aprender, e, nos hotéis em que me hospedo, sinto a necessidade de ler todos os livros que são colocados no quarto. Sempre queria ler página por página. Durante o tour, resolvi cortar esse padrão e fazer diferente – e percebi que o mundo não acabaria se eu saísse para uma caminhada e lesse apenas uma ou duas páginas do livro quando retornasse ao meu quarto. Sei que isso pode parecer algo pequeno, mas, para mim, ser desbravadora e aventureira nos dias de hoje está bastante relacionado com quebrar padrões de comportamento que não se encaixam mais em sua vida.

Caça ao tesouro
Quem me acompanha há mais tempo sabe que vejo a vida como uma caça ao tesouro, e viver o tour da abundância me ensinou a olhar para os aprendizados de forma diferente, como se eu estivesse integrando, de fato, corpo, mente e espírito. Quando estava em Tulum, no México, tinha apenas duas horas para turistar e conhecer as ruínas Maias. Em vez de sair correndo para ver tudo com tão pouco tempo, decidi me sentar em um local tranquilo com vista para as ruínas e meditar ao som de músicas maias. Isso pode parecer completamente o oposto de que um aventureiro faria, mas uma das grandes riquezas que o tour me trouxe foi a de criar conexões verdadeiras, até comigo mesma. Além disso, resolvi me entregar por completo, sem horários na agenda, e isso me permitiu conhecer pessoas com repertórios completamente diferentes entre si. Dessa forma, consegui ter uma percepção muito além de apenas ouvir soluções para negócios: escutei e aprendi sobre alguns dos reais desafios humanos.  Estar em paz com suas decisões e querer simplesmente curtir a sua própria companhia também são uma forma de viver em abundância. Eu acredito no fluxo da vida para aqueles que não resistem ou fogem de seu processo interno; e, quando há intenção de se entregar para ser quem você realmente é, você passa a conhecer suas reais vontades e busca aquilo que lhe faz sentido. Verá o quão delicioso é se conhecer e viver algo novo.

Dica do mês

Título: A Insustentável Leveza do Ser
Autor: Milan Kundera
Editora: Companhia das Letras
Preço: R$ 31

*Preços pesquisados em abril de 2020

Bel Pesce fala sobre o que aprendeu nos primeiros 42 dias do seu tour de viagens e experiências em direção a todos os países do mundo.

 

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