Você se sente perdida ou iludida achando que sabe?

"Hoje, com as rotinas de vários calls e lives, temos de aprender iluminação, postura em frente à câmera, ética digital, algo que não tínhamos aprendido em nenhum curso ou formação

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É exatamente assim que venho conversando com as minhas alunas e mentoradas, vivendo essa aceleração do mundo, a quinta revolução industrial, agora conhecida como revolução humano-cognitiva, expressão utilizada para designar um movimento que combina novas ideias da psicologia, da antropologia e da linguística, mesclando-as com os recentes campos da inteligência artificial, ciência da computação e neurociência.

Já passamos pelas revoluções do ferro, da eletricidade, da tecnologia, da comunicação; e agora estamos na revolução dos pensamentos, das ideias, da inovação, do conhecimento, da cocriação, da incerteza, e vivendo um dia de cada vez.

Estamos na era do trabalhador do futuro, com inteligência, autonomia e criatividade. O mundo acelerou, introduziu o home office, mudando o modelo organizacional, em que todos estamos trabalhando de casa, sem cartão de ponto para controlar os minutinhos da entrada e saída, mas sim o trabalho por projetos, produtividade, resultados e o fazer acontecer.

No início do mundo, o privilégio era de quem tinha força física. Lembro-me de histórias de grandes guerreiros que conquistaram terras, povoados, colônias e, por meio da própria força, construía o seu império. Depois veio o poder do dinheiro, a era do petróleo, da indústria, do controle da nação e, nos dias de hoje, a elite dominante cria sistemas, tem o conhecimento e novas ideias disruptivas.

Vivendo o mundo VUCA, acrônimo inglês que significa volatilidade (volatility), incerteza (uncertainty), complexidade (complexity) e ambiguidade (ambiguity), uma combinação de qualidades que, em conjunto, caracterizam a natureza de algumas condições e situações difíceis, esse conceito foi adotado em empresas e organizações em muitos setores para orientar o planejamento estratégico e de liderança do atual. mundo indefinido.

Falamos também de um mundo líquido, de Zygmunt Bauman, sociólogo, professor da London School of Economics e um dos mais respeitados intelectuais da atualidade. Prestes a completar 90 anos, ele diz;

“Houve muitas crises na história da humanidade, muitos períodos de interregno, nos quais as pessoas não sabiam o que fazer, mas elas sempre acharam um caminho. A minha única preocupação é o tempo que levarão para achar o caminho agora. Quantas pessoas se tornarão vítimas até que a solução seja encontrada?”

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Houve um tempo em que conceitos eram sólidos: ideias, ideologias, relações, blocos de pensamento moldando a realidade e a interação entre as pessoas. O século 20, com suas conquistas tecnológicas, embates políticos e guerras, viu o apogeu e o declínio desse mundo sólido. A pós-modernidade trouxe com ela a fluidez do líquido, ignorando divisões e barreiras, assumindo formas, ocupando espaços, diluindo certezas, crenças e práticas.

A oposição entre o mundo sólido e o mundo líquido é a base do pensamento de Bauman, entretanto, eu diria hoje que o mundo não está sólido, nem líquido e sim gasoso, pois vivemos em um tempo de incertezas, no qual impérios viram fumaça em pouco tempo, em que vemos grandes corporações não se atualizar e sumir – são várias nessa lista, como Kodak, Blockbuster, Filizola, Indústrias Matarazzo, etc…

Uniformidade e criatividade do empreendedor, além de inteligência emocional, são fundamentais no currículo hoje. Com as rotinas de vários calls e lives, temos de aprender iluminação, postura em frente à câmera, ética digital,… algo que não tínhamos aprendido em nenhum curso ou formação; algo inimaginável, na época.

Sei que a nossa capacidade de adaptação, de reorganizar os sistemas de paradigmas, sair do técnico para ser criativos, é a atualidade e o futuro.

Nada é fixo de verdade, tudo muda a cada instante; tudo passa, tudo flui. Cada vez mais tenho a certeza de que conhecimento é poder, pois as 10 maiores fortunas do mundo vieram por meio de tecnologia e software. As ideias agora são dominantes; esses são os novos líderes, jovens totalmente adaptáveis, incansáveis por soluções e praticidades.

Minha mãe sempre comentava que ostra feliz não produz pérolas, tem de comer muita areia; ou seja, precisamos nos adaptar o tempo todo, para vivermos a nova realidade que nos é apresentada diariamente. Hoje, nada é verdade absoluta, tudo muda.

Minha pergunta é: como você vem se adaptando a esse novo mundo, que vai mudar cada vez mais rápido, acelerado e com novos conceitos, de maneira que nós nem imaginamos o que está por vir, mas, certamente, é o pensamento materializado de alguém que, em poucos anos, poderá ser o novo milionário, desruptivo, acelerado, inovador??

Não vamos nos iludir achando que sabemos tudo. Estamos aqui como aprendizes e com vontade de construir carreiras e empresas fortes, mas, para isso, precisamos vivenciar novas ideias, novas possibilidades, um novo jeito de fazer negócios.

Sucesso sempre,

DICAS INSPIRADORAS POR TATYANE LUNCAH

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