Uma epidemia de ansiedade

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Tenho encontrado nas empresas e organizações, um ambiente generalizado de ansiedade. Pessoas extremamente ansiosas, causam sérias repercussões na produtividade, nos relacionamentos com colegas, clientes e fornecedores e na qualidade de vida.

Para poder competir a empresa precisa ser leve, ágil e ser extremamente proativa, isto é, ir ao encontro do cliente, criar, inovar, propor, antecipar-se às tendências do mercado.

E para poder ser tudo isso, é preciso que as pessoas que compõem a empresa, os chefes, funcionários em geral, estejam livres de tensão que é o maior gerador de ansiedade que novamente gerará tensão, num círculo vicioso dos mais perniciosos para a empresa.

Conheço pessoas e profissionais que não conseguem controlar a sua ansiedade, principalmente quando têm muitas tarefas para fazer.

Sem controlar a ansiedade elas querem terminar logo o que estão fazendo para passar para a próxima tarefa, com a ilusão de que possam terminar tudo o que têm para fazer e ficam livres. Elas, na verdade, querem se livrar o mais rapidamente possível de qualquer tarefa.

Nossas pesquisas de antropologia corporativa comprovam que ansiedade mata a venda. Vendedores ansiosos passam sua ansiedade aos clientes e perdem a venda. Seja em vendas ou no que for que façamos, será que nossa ansiedade não está nos impedindo de vencer, de atingir nossos objetivos? Será que não estamos fazendo uma tarefa qualquer, pensando o tempo todo na próxima, na próxima e na próxima sem prestar atenção ao que estamos fazendo no momento? E tudo sai mal-feito? E tudo é feito pela metade, sem qualidade?

No mundo acelerado em que vivemos, a ansiedade se tornou quase uma epidemia. A constante busca por desempenho e sucesso; a necessidade de estar sempre conectado e a pressão por corresponder às expectativas das outras pessoas criam um ambiente propício para o florescimento dessa epidemia.

O avanço tecnológico; as falsas aparência de felicidade disseminadas nas redes sociais por amigos, colegas e familiares; a pressão social por sucesso imediato; a busca desenfreada por lazer e pela conquista de bens materiais; a incerteza do futuro e inúmeros outros fatores contribuem para a disseminação desse sentimento avassalador.

Assim, a saúde mental, por muito tempo negligenciada, ganha cada vez mais destaque, à medida que percebemos o impacto da ansiedade na qualidade de vida das pessoas. É crucial que a sociedade como um todo reconheça a gravidade desse problema e busque alternativas para lidar com ele. A empatia, o apoio mútuo e o entendimento das causas subjacentes à ansiedade, são passos essenciais para enfrentar essa epidemia. Além disso, a promoção de ambientes saudáveis, a disseminação de informações sobre saúde mental, a valorização da espiritualidade e do pertencimento a uma religião e o acesso a tratamentos adequados são fundamentais para mitigar os efeitos desse mal contemporâneo.

Enquanto indivíduos e como sociedade, é preciso reconhecer a importância de cuidar da saúde mental e combater a epidemia de ansiedade. Somente assim poderemos construir um futuro onde o equilíbrio emocional seja uma realidade para todos.

Pense nisso. Sucesso!

PENSE NISSO:

  • Você é uma pessoa ansiosa?
  • Você tem convivido com pessoas ansiosas?
  • Você tem procurado combater a ansiedade sem necessitar do auxílio de medicamentos fortes?
  • Você tem dormido bem?
  • Você já pensou em rever suas expectativas, muitas vezes, ingênuas e irreais em relação à sua vida pessoal e profissional?
  • Você tem uma vida espiritual e religiosa ativa?

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¹ Antropólogo, consultor, palestrante, escritor – www.marins.com.br