Terapia por ondas de choque: Novo tratamento para dor

foto: ilustrativa

Cerca de 80% das principais queixas que chegam aos consultórios de ortopedistas são relacionadas à dor.

Dor após correr cinco quilômetros, no esportista. Dor ao correr cinco quarteirões, no sedentário.

O atleta apresentou uma lesão muscular e esta se cronificou… e o impede de melhorar sua performance.

O sedentário tem dor nos pés e calcanhares; ao dar os primeiros passos, sente como se fosse uma facada na planta do pé. E a dor nos quadris, então? Piora quando deito de lado! Dói aqui, dói ali… dói tudo! Até já me acostumei com a dor, doutor!

Os dois pacientes têm dor. Ambos devem ser avaliados, diagnosticados e adequadamente tratados.

Doenças como tendinites, bursites, epicondilites (dor no cotovelo) e inflamações localizadas são democráticas: todos nós, você e eu, estamos sujeitos a elas. Ocorrem tanto em esportistas, muitas vezes por excesso de treinos, gestos esportivos inadequados, ou em não esportistas, ou seja, o cidadão comum.

O arsenal terapêutico está mudando e a terapia por ondas de choque vem cobrir uma lacuna no controle das dores musculoesqueléticas destes pacientes.

Desde meados da década de 1980, as ondas de choque são utilizadas na urologia, por meio da litotripsia (aparelho que “quebra pedra dos rins”, sem cirurgia).

No início da década de 1990, na Alemanha e na Áustria, a terapia por ondas de choque, em inglês Extracorporeal Shock Wave Therapy – ESWT, mostrou excelentes resultados no tratamento de patologias ortopédicas.

Atualmente, esportistas de ponta, grandes clubes do futebol no Brasil e Europa utilizam a terapia por ondas de choque na recuperação de seus atletas, visando a uma recuperação mais rápida e natural e  sem a utilização de medicações e seus efeitos colaterais.

Sim, parece magia: tira a dor sem remédio!

APARELHOS DIFERENTES, DIFERENTES  POTÊNCIAS E INDICAÇÕES
Nem todos os aparelhos de ondas de choque são iguais. Existem aparelhos que emitem ondas radiais, mais superficiais e menos potentes. São utilizadas para patologias menos profundas, junto à pele.

Outra classe de aparelhos, é a dos que emitem ondas focais, mais potentes e profundas, utilizadas para ossos, tecidos, articulações e musculatura mais profundos. Por serem mais potentes, tais aparelhos focais são proporcionalmente também mais caros.

A terapia por ondas de choque tem como objetivo a melhora da dor, por meio de analgesia imediata e tardia. Ou seja, o paciente sente imediatamente os efeitos analgésicos das ondas de choque e, posteriormente, ao longo dos dias, sente efeitos de melhora mais tardios e duradouros.

Daí a necessidade de se realizarem algumas sessões, em geral semanais, para reavaliação do quadro doloroso, e novas sessões do ESWT, nos pontos de dor residual.

A terapia por ondas de choque tem indicações consagradas como esporão do calcâneo, tendinites dos pés, tendinite calcárea do ombro e epicondilites; mas mostrou-se tão eficaz e pouco invasiva que vem aumentando suas indicações: dores no pescoço, costas, dores e tendinites nos joelhos, fraturas de stress, fraturas que não se consolidam, dores musculoesqueléticas de modo geral.

A terapia por ondas de choque baseia-se na agressão controlada, mediada por ondas ultrassônicas de alta energia que visam a agredir um tecido doente ou alterado cronicamente, na expectativa de promover a cicatrização e sua regeneração. Baseia-se no princípio da agressão local e posterior reparação tecidual. Ou seja, é totalmente natural e fisiológica.

Portanto, mova-se! Não se acostume com a dor. Livre-se dela!

Av. Juruá, 706 | Alphaville | Unidade Einstein Alphaville | Tel.: (11) 2151-5813/2151-8600.

por: DR. CLÉCIO YUHARA – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-FMUSP Especialização em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital das Clínicas HC /FMUSP Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia -SBOT Hospital Universitário-USP Hospital Israelita Albert Einstein-Unidade Alphaville

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