Na pandemia, que em breve comemora um ano entre nós, tive a oportunidade de ler muitos livros e revistas especializadas como a Golf Digest, Golf Styles e mais de uma dezena de outras, graças às facilidades do formato digital de todas elas. Fiquei ainda quase 20 horas mensais em média assistindo às transmissões dos principais torneios e aos programas diários do Golf Channel. A lógica é que toda essa montanha de informações deveria me permitir preparar com facilidade um artigo definindo categoricamente quais foram os 20 melhores jogadores de todos os tempos. Mas, confesso aos leitores que fui derrotado no quesito firmeza nesta tarefa, como vou mostrar a seguir.
Se alguns nomes são consagrados em todas as listas feitas ao redor do mundo por especialistas ou apaixonados pelo esporte, a definição de toda a lista, por consequência, quase nunca teve o mesmo sucesso e raramente encontramos os mesmos 20 nomes, muito menos a ordem geral. Conversando com diversos amantes do esporte, entre eles alguns profissionais e outros grandes craques amadores, pedi ajuda para criar uma métrica que me permitisse definir, com critério o mais cientifico possível, a ordem destes 20 nomes. Mas, nem assim consegui uniformidade para criar um padrão correto de análise. A maioria deles me sugeriu que eu parametrizasse as análises, envolvendo a somatória do número de torneios ganhos, ponderando por importância e dando aos majors um peso maior. Achei bem razoável esse critério, e tentei utilizar peso “um” para os torneios do PGA Tour, e peso “dois” para os majors.
Depois de longa pesquisa, montei uma tabela no Excel, e comecei a ponderar os resultados, para conseguir achar, com um grau de certeza, quem seriam os maiores de todos os tempos, e me vi obrigado a fazer um filtro muito especial – considerar na análise somente os jogadores com mais de 60 vitórias no PGA Tour, pois, se eu abrisse para todos os tours existentes no mundo, o número 1 de todos os tempos seria o Gary Player, com mais de 150 vitórias.
Resolvi colocar só a tabela com os cinco melhores dentro desse critério, em um primeiro teste junto com meia dúzia de amigos golfistas, cujos conhecimentos do mundo do golfe respeito muito, e somente os três primeiros colocados foram unânimes. A maioria deles acha que o Arnold Palmer deveria ser considerado o quarto maior de todos os tempos.
O próximo da minha lista, dentro desse critério (6º), seria o Tom Watson. Mas, a partir daí, ficou impossível determinar a ordem dos 20 melhores, pois deveríamos ter uma abrangência de predicados que tiram o caráter central da métrica.
E, para não fugir da raia, como diriam os meus amigos, fui em busca da publicação que tivesse os 20 maiores nomes com os quais eu concordava, apesar de não achar a ordem colocada totalmente ideal. A que gostei mais e que li muitas vezes, foi a do artigo de Rob Doster, na revista Athlon Sports de 28 de outubro de 2019, que fez a seguinte classificação: E você, eleitor, também tem sua lista dos 20 melhores?
No PGA Tour
O tour começou a todo vapor neste ano de 2021. Dos seis torneios, de 6 de janeiro até dia o último, 14 de fevereiro, tivemos seis diferentes ganhadores. E no último e sempre esperado o AT&T Pebble Beach Pro-Am, que este ano não contou com a participação dos amadores devido à covid-19, terminou em grande estilo com a vitória, no último dia, de Daniel Berger com -18 e com um eagle no buraco 18. A surpresa agradável ficou com o jovem McNealy, em segundo, com -16.
A grande frustração foi, novamente, o Jordan Spieth, que, pela segunda semana seguida, liderava os primeiros 54 buracos por duas tacadas e não conseguiu manter o nível das três primeiras voltas. Mas, Spieth foi responsável pela grande jogada do torneio no terceiro dia, com um eagle no buraco 16, que vocês poderão ver no vídeo anexo. Também, para matar um pouco a saudade, coloquei um vídeo com uma jogada incrível feita anos atrás pelo Snedecker no buraco 18 do mesmo Pebble Beach.
Literatura, reflexões e pensamentos no golfe
Neste mês, resolvi colocar aqui duas piadas que têm o mesmo conceito central, mas são atribuídas a pessoas bem distintas no mundo do golfe. A primeira seria de autoria do ex-presidente Jorge Bush, comentando que, durante a sua presidência, “havia ganhado muitas partidas de golfe”. Mas, foi só sair da Casa Branca, que não ganhou de mais de ninguém.
A segunda é de autoria do grande jogador Lee Trevino, considerado extremamente divertido, que disse: “Joguei o tour de 1967, contei um monte de piadas e pouca gente riu. Mas, foi só eu ganhar o The Open no ano seguinte e contar as mesmas piadas para todos rirem até quase morrer”.
VÍDEO DA “GRANDE JOGADA DE SPIETH, COM UM EAGLE NO BURACO 16”
Cuidando da saúde dos golfistas
Nesta edição, a fisioterapeuta Rossana Quessa, especializada no tratamento de golfistas, apresenta no seu vídeo dicas sobre a dor e prevenção da coluna cervical.Viva o golfe!
“CUIDANDO DA SAÚDE DOS GOLFISTAS”