Qual é o futuro do trabalho?

por: LUCAS MENDES | Diretor Geral da WeWork no Brasil

imagem: Ilustrativa

O trabalho vem se tornando, cada vez mais, parte importante do nosso estilo de vida e da nossa identidade – e está passando por um importante processo de ressignificação. Mas com que frequência refletimos sobre o impacto dessa mudança no dia a dia das organizações?

O neurocientista japonês Ken Mogi, autor do livro Ikigai: Os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz chegou a esse termo para definir um conceito similar ao nosso “propósito”. Para ele, encontrar o seu ikigai é saber o motivo pelo qual se acorda todas as manhãs – e, por consequência, ter mais chances de alcançar uma vida mais longa, saudável e feliz. Se, por um lado, essa conclusão pode parecer difícil quando falamos de descobrir qual é, de fato, a atividade profissional que mais nos dá prazer, diversas pesquisas comprovam que o sentimento de realização no trabalho está diretamente relacionado ao espaço físico em que estamos inseridos, às relações pessoais que construímos nesse ambiente, e à sensação de pertencer a algo maior.

Desde meus primeiros dias na WeWork, sinto muito orgulho de poder contribuir para a criação desse ambiente e para a mudança na forma como pessoas e empresas de todos os tamanhos enxergam o trabalho. Investir em tecnologia e em pessoas capacitadas a fazer a diferença no dia a dia de cada um dos nossos quase 20 mil membros brasileiros é um dos elementos que nos dão condições de ser bem-sucedidos nessa missão diária. Como parte desse movimento e grande interessado no assunto, tomo a liberdade de compartilhar aqui alguns aprendizados que, na minha opinião, são fatores-chave para nos aproximarmos cada vez mais do que enxergamos como o mundo ideal das relações profissionais: Confiança e produtividade: pessoas que confiam umas nas outras trabalham melhor juntas. Embora possa parecer simples, a confiança (ou falta dela) que encontramos em nosso ambiente profissional aparece em momentos importantes no nosso dia a dia: desde a forma como lidamos e aprendemos com erros até quem procuramos para ajudar quando há um problema.

Cultura: não é novidade que empresas que conseguem atrair funcionários conectados com o seu propósito têm muito mais chance de se destacar no mercado. Não podemos subestimar, é claro, o quão complexo é conseguir fazer e, principalmente, manter isso à medida que as empresas crescem e os times aumentam de tamanho. Cultura se constrói todos os dias – e pequenas ações têm o poder de reforçá-la ou de corroê-la na mesma proporção.

Poder da transparência: é comum que líderes de empresas usem a analogia de “sentimento de dono” em relação ao negócio como forma de se referir ao comprometimento esperado de seus funcionários. Não há dúvida de que esse sentimento é crucial – mas é importante considerar que, atrelado a essa expectativa, está o poder da comunicação clara com as equipes. Acesso à informação é fundamental para tomada de boas decisões.

Embora certamente haja muitos outros aspectos relevantes para essa reflexão, o que todos esses aprendizados têm em comum é a visão de que as pessoas são o ativo mais poderoso e importante de qualquer empresa. Nesse ambiente de tantas mudanças, em que estamos evoluindo como indivíduos, no sentido de busca por um sentido para a nossa existência (o ikigai de cada um de nós), cabe pararmos para pensar, também, sobre o papel – e a oportunidade – que as organizações têm de ressignificar os seus propósitos. Não há dúvida de que os frutos aparecerão em forma de resultados – com funcionários mais engajados, produtivos e felizes.

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