Primavera melhor momento do golfe

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Não me canso de comentar que o melhor momento para o golfe no hemisfério sul, é a primavera que entramos no dia 23 último, onde a beleza promovida pelas flores e plantas ao longo dos campos de golfe aliada a agradável temperatura, fazem o jogo ficar mais delicioso ainda. Mas este setembro é muito especial, também para o golfe profissional, que abrigou nos primeiros dias do mês, entre os dias 2 e 5, a final de Fedex Cup,  com o  último torneio o  Tour Championship, também tivemos a  Solheim Cup, versão feminina das Riders Cup, torneio com as melhores  golfistas americanas e europeias, realizada na cidade de Toledo, Ohio, entre os dias 04 a 06 do mês,  e finalmente o torneio que mais gosto no golfe mundial que é a famosa Riders Cup, também em solo americano, realizada em entre os dias 24 a 26, no campo do Whistling Straits, no estado do Wisconsin. E como eu vinha comentando em nossos artigos, desde o final de ano passado, mesmo com ausência do maior de todos, Tiger Woods, que lesionado e ainda sem data para voltar, a temporada 20/21 foi esplendida em muitos sentidos, mostrando que a nova leva de jogadores vai dar muito trabalho e por muito tempo, pelo seu preparo cada vez mais precoce em todos os sentidos. Se não apareceu nem um Tiger ainda, esta nova moçada esta muito perto em performance do ídolo maior, o que emociona o aficionado do golfe e ainda multiplica os ganhadores dos torneios. E já começa a despontar com a volta do publico aos campos, que alguns novos jogadores como o americano Colin Morikawa e o norueguês Viktor Hovland, ambos excelentes jogadores com apenas 24 anos de idade, que estão sempre sorrindo e atendendo ao publico de todas as idades, terão suas torcidas por onde passam.   

PGA Tour

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A vitória do americano Patrick Cantley, na Fedex Cup da temporada 20/21, foi muito merecida pelo ano dele e em especial, o grande desempenho nos 4 torneios finais, e com certeza o único com reais chances de batê-lo foi o espanhol Jon Rahm, que acabou ficando em segundo na disputa final no Tour Championship. Mas ainda detém o primeiro lugar no ranking mundial.  Mas quando nós mortais golfistas, olhamos os prêmios em dinheiro da final, chama a atenção alguns deles, o do Patrick Cantley, que ganhou US$ 15 milhões, o do Jon Rahm, que ganhou US$ 5 milhões, e a grande surpresa ficou com o terceiro lugar do Kelvin Na, a bagatela de U$4 milhões. E a maior de todas fica por conta do ano do jovem norueguês, Viktor Hovland que nesta temporada que findou levou para casa US$7,2 milhões em prêmios aos 23 anos de idade.

SOLHEIM CUP

Mais uma vez vencida pelo time europeu, desta vez pelo placar relativamente apertado de 15 a 13, sendo esta a segunda em solo americano. Esta vitória deu a capitã Catriona Mattew, o status de ser a única a ganhar duas vezes seguidas dos americanos. As moças do time europeu, entraram no último dia com a vantagem de 2 pontos, que acabou sendo mantida no final, sendo o ponto decisivo que garantia a volta do troféu para a Europa, conquistado pela Matilda Castren. E como o golfe é um jogo fantástico, tivemos uma peculiaridade especial na última disputa do matchplay, vencido pela dinamarquesa Emily Kristine Pederson, que fazia o 15º ponto confirmando a vitória europeia, em pleno buraco 18, contra a campeã americana Megan Khang. Primeiro a reversão do que tinha ocorrido em 2019, e ainda, que o namorado da Pederson era o caddie da Megan Khang, com quem atua profissionalmente há anos. As brincadeiras foram muitas. Próxima Solheim Cup, será jogada em 2023, no mesmo mês de setembro na Andalucia – Espanha.  

RIDERS CUP

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Depois das tradicionais cerimônias de abertura, a sexta 24 de setembro o primeiro dia, teve na parte manhã uma vitória inesperada de 3 a 1 para os Estados Unidos nos jogos por tacadas alternadas, tradicionalmente uma especialidade Europeia. A tarde já era meio esperada os Estados Unidos fizeram 3 a 1, no best ball. Esta vantagem foi bem ampliada na manhã do segundo dia, quando mais uma vez os Estados Unidos fizeram 3 a1 nas partidas de tacadas alternadas. O único ponto europeu foi feito pela dupla Garcia e Jon Rham, e nesta oportunidade o Sergio Garcia se tornou o maior pontuador da história do Riders Cup, suplantando o seu colega europeu Sir Nick Faldo e o lendário americano Arnold Palmer. Na parte da tarde do sábado, ficaram em 2 a 2, destaque do time europeu mais uma vez para dupla Sérgio Garcia e Jon Ham. Do lado americano a dupla Dustin Johnson e o Colin Morikawa, mais uma vez deu um show. O número 1 e o 2 do mundo, Jon Rham e o Dustin Johnson, respectivamente, não decepcionaram sendo os dois melhores de suas equipes. Com a maior vantagem até hoje os americanos entraram no último, para as doze partidas de matchplay precisando somente 3 ½ pontos. O que levou os americanos a aplicar a maior diferença desde 1979, com 10 pontos de diferença 19 a 9. Alguns comentaristas famosos de golfe, disseram no último dia que esta era a equipe americana mais equilibrada de todos os tempos, em termos de qualidade e performance (ranking), e ainda, muito jovem, que obrigará os europeus se preparem muito bem para as futuras Riders Cup, se não quiserem amargar em solo europeu outra vitória acachapante com esta agora. A próxima Riders Cup, será em solo europeu em Roma na Itália, em setembro de 2023.