Um estudo do Departamento de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos da Universidade de São Paulo, mostrou que 55% das mulheres brasileiras não têm orgasmos durante a relação sexual. Em meus atendimentos, acreditem, esta é a principal queixa.
A dificuldade constante para ter prazer durante a relação sexual e chegar ao orgasmo, pode ser diagnosticada como ‘anorgasmia’, nome dado a esta disfunção sexual feminina.
Fatores como a vergonha de falar do assunto e a falta de conhecimento, colaboram para que as mulheres sofram deste mal por anos, sem reconhecer que há um problema, o que acaba por impedir que tenham acesso a um tratamento eficaz.
A Anorgasmia pode afetar mulheres sexualmente ativas em qualquer idade.
As causas mais comuns desta disfunção sexual, estão relacionadas a fatores psicológicos e bloqueios emocionais, vindos de uma educação repressora em relação ao sexo, o fato de não conhecer o próprio corpo, a falta de confiança, as rotinas estressantes, e a falta de diálogo no relacionamento.
Em alguns casos, lesões genitais, problemas anatômicos ou o consumo de determinados medicamentos, especialmente anticoncepcionais e antidepressivos, podem justificar a dificuldade de conseguir um orgasmo, e neste caso, uma consulta com o seu ginecologista é o melhor caminho.
Os tipos de anorgasmia, variam de acordo com a relação que a mulher tem com o orgasmo, ao longo da sua vida sexual, são elas:
Primária: nunca teve um orgasmo.
Secundária: costumava ter orgasmos e hoje não consegue.
Absoluta: é incapaz de ter o orgasmo em qualquer situação.
Situacional: alcança o orgasmo somente com determinada estimulação ou posições específicas.
Ansiedade é um dos fatores que mais dificultam a vida sexual da mulher!
Agitação do dia a dia, excesso de tarefas, preocupações e rotinas desnecessárias, aumentam o estresse, criando ansiedade e tirando o foco do prazer sexual. Isso acaba formando um ciclo, espiral, nocivo, que compromete a sexualidade da mulher. Também, a preocupação excessiva em “ter que”atingir o orgasmo, pode criar bloqueios, já que durante o sexo, é importante que a atenção se volte para o que a pessoa está sentindo no momento e não em uma obrigação de atingir o orgasmo. A maioria das mulheres não percebe que para atingir o orgasmo, o principal é estar imersa nas sensações, e quando não conseguem, criam mais dificuldade de se chegar ao orgasmo, gerando frustração que, por sua vez, aumenta ainda mais a ansiedade, formando um, espiral, nocivo na relação.
A consequência da anorgasmia é a falta de plenitude na vida sexual da mulher, que acaba se culpando pela dificuldade de alcançar o orgasmo. Isso afeta a qualidade do relacionamento, criando um impacto negativo em questões importantes, como a autoestima e a autoconfiança, e desta forma, pode levar a mulher a perder completamente o interesse pelo sexo.
A terapia sexual é fundamental para a mulher se descobrir e a lidar com a ansiedade para resgatar um dos maiores prazeres da vida: O ORGASMO!
Não deixe de procurar ajuda, afinal, uma vida sexual plena, é uma atividade fundamental para manter uma excelente qualidade de vida.
Se tiver alguma dúvida ou dificuldade, pode me enviar uma mensagem pelo Instagram: @magamenezes.oficial.