O esporte da pandemia

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O golfe na pandemia teve momentos distintos nos últimos 14 meses, com o lockdown nas principais cidades do mundo, nos meses de março, abril e de maio de 2020, fecharam todos os clubes para a prática do esporte e ainda, todos os torneios amadores ou profissionais foram cancelados. Naquele momento, as autoridades e mesmo os dirigentes do golfe, não enxergaram que o golfe, sempre foi um esporte com distanciamento social pela caraterística natural do jogo. Mas esta situação a partir de julho começou a se inverter gradativamente, criando um segundo momento, com uma grande alavancagem para conquistas de novos adeptos ao esporte, a fuga das grandes cidades das pessoas que podiam trabalhar em home office, em busca de qualidade de vida em todo o mundo, levou muita gente a procurar condomínios fechados e na maioria deles com campo de golfe.

O golfe não é um esporte essencialmente aeróbico, as grandes caminhadas são feitas devagar, mas sua prática permitiu que o isolamento que a todos gerou muita angústia, tivesse momentos de desafios pessoais de bater na bolinha branca e ao mesmo tempo estar em contato com uma natureza maravilhosa.  Com isto tivemos clubes que aumentaram o número de associados em 30% ou mais, e muita gente que nunca tinha batido na bola resolveu tomar aulas, e mesmo com todas as restrições impostas, puderam sentir a alegria de estar praticando um esporte com caraterísticas ímpares, onde o maior desafio é ganhar do campo e melhorar o seu próprio desempenho. 

Estamos agora, vivenciando uma nova realidade, que é a volta dos grandes torneios do mundo (PGA e LPGA Tour, são os maiores exemplos) já com público e a volta dos torneios de amadores nos clubes, nestes últimos já com a participação de principiantes que aderiram ao golfe no ano passado. Por isto nós golfistas, temos a responsabilidade de manter nas sedes dos clubes onde praticamos nosso esporte querido, o mesmo distanciamento que fazemos sempre no campo de jogo. O golfe sairá muito mais fortalecido no pós pandemia, não importando quando ela dure.   

No PGA TOUR

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Depois do sensacional torneio Master deste ano, que fizemos referência na edição anterior da revista, nos últimos 30 dias temos que destacar que a previsão de uma temporada incrível em 2021 está realmente acontecendo. E os últimos quatro torneios são testemunhas latentes deste sucesso, começando pela vitória da dupla australiana composta Marc Leishman e Cameron Smith, no Zurich Classic Of New Orleans, realizado entre os dias 22 e 25 de abril último, que estavam atrás no terceiro dia da excelente dupla sul africana Louis Oosthuizen e Charl Schwartzel, que já deu grandes alegrias ao time internacional na Presidents Cup. O destaque ficou para o último dia no jogo por tacadas alternadas, pouco comum entre nós amadores, mas que sempre apresenta inusitados acontecimentos, como foi o drive errado do Oosthuizen no buraco 18.   No torneio seguinte, o Valspar Championship realizado entre os dias 29 de abril e de 2 de maio, o destaque ficou com a primeira vitória do jovem americano Sam Burns, jogando um golfe extraordinário todos os dias do torneio, e deixando muito claro que ele tem não só um bom swing como um excelente preparo mental, para brigar com os melhores jogadores do tour, nesta temporada ainda e com certeza nas futuras. Logo a seguir, tivemos no torneio Wells Fargo Championship, realizado entre 6 e 9 de maio, a volta depois de 18 meses sem vitórias do grande Rory MacIIroy, que em quatro dias conseguiu a extraordinária marca de 75% de greens regulation, para alcançar sua 19ª vitória no PGA Tour. E no quarto torneiro pós Master, temos mais uma nova agradável surpresa, a vitória no torneio AT&T Byron Nelson, que terminou no último 16 de maio, do sul coreano K.H. Lee, de 29 anos, que é profissional desde 2010, que alcançou sua primeira vitória no tour na sua 80ª tentativa. O detalhe além do excelente desempenho, ficou por conta do prêmio que ele ganhou neste torneio representar 50% de tudo que ganhou nos últimos 11 anos de carreira e ainda, por ter sido esperado no buraco 18 do último dia pelo padrinho oficial dos jogadores coreanos em solo americano o grande jogador K.J. Choi. A final da temporada de 2021, que se encerra no início de setembro, vai abrigar torneios fantásticos, como os mais que prestigiosos, PGA Championship, U.S Open e The Open Championship, e ainda, a série final dos 4 torneios da Fedex Cup. Meus caros leitores, podem preparar o sofá ou uma poltrona nova, pois vamos assistir muito mais que 50 horas de um golfe incrível. 

Um jogo antológico de 1963

Neste mês resolvi colocar um vídeo, da partida entre dois monstros sagrados, Sam Snead e Jack Nicklaus, que junto com o Tiger formam o trio dos maiores jogadores de golfe de todos os tempos. O jogo foi uma disputa de gerações, que foi até o buraco 18. Não irei dar spoiler para quem nunca viu. Espero que vocês gostem.