Esqueça o famoso Air Force One que já estrelou até filmes de Hollywood: o novo avião presidencial dos Estados Unidos deverá ser um jato supersônico. Ainda não está definido o substituto para o Boeing 747, mas há três projetos na disputa – e com investimentos do governo norte-americano.
No caso da californiana Exosonic, por exemplo, foi injetado 1 milhão de dólares (5,6 milhões de reais na conversão atual) para a construção de um jato capaz de voar a Mach 1,8. Ou seja, quase 2.222 km/h e duas vezes velocidades do som, perdendo por pouco do veterano Concorde de 1976.
Mas por quê foram necessários praticamente 45 anos para voltar à discussão dos aviões executivos com capacidade de superar a barreira do som? Bom… pelos mesmos motivos que levaram à aposentadoria o clássico anglo-francês, que eram consumo elevado de combustível e poluição sonora.
A empresa reduziu a capacidade de 70 passageiros para apenas 31 na configuração presidencial. Há suítes privativas, salas de reunião e acabamento luxuoso com revestimento de couro, carvalho e quartzo. A empresa garante que a autonomia de até 9.260 km será com combustíveis sustentáveis.
Outra empresa concorrente é a Boom Supersonic, que já criou o protótipo XB-1 para o processo de validação do Overture. Segundo a empresa sediada na cidade de Denver, o primeiro voo está previsto para 2025, com certificação para 2027.
Para se ter ideia, só era permitido superar 1.216 km/h (que, não por acaso, é considerado supersônica) fora do continente para não incomodar a população. E é justamente o problema do estrondo acima da velocidade do som que os novos projetos de aviões presidenciais prometem resolver.
O Overture tem capacidade para até 88 passageiros na opção para voo comercial e 45 na configuração presidencial. Já a velocidade é de Mach 2,2 (2.695 km/h) para ir de Nova York até Londres em 3h30.
Para finalizar, o concorrente da Hermeus Corporation vai além dos rivais citados acima, com velocidades de até Mach 5. Isso quer dizer que a aeronave pode voar a 6.125 km/h, o que significa que dá para fazer um trajeto entre Londres e New York em 1h30. A fabricante já colocou o propulsor em teste há mais de um ano e comprovou o funcionamento de todo o sistema. Por enquanto não há confirmação de quando o projeto estará pronto, a previsão é de que a produção só ocorra em uma década.