Passear com seus cães de estimação, além de uma terapia (para você e para o animal), se trata de uma necessidade quer relacionada com a saúde do animal quanto a suas necessidades .
No entanto o que observamos, muitas vezes, é um descuido com a higiene pública ou com preceitos básicos de higiene. Quantas poucas vezes observamos a preocupação de pessoas em levar saquinhos plásticos para recolher os dejetos destes animaizinhos que por si, estão procedendo às suas necessidades fisiológicas normais.
As pessoas não são informadas dos perigos existentes da presença de fezes deixadas no ambiente. Várias doenças podem ser transmitidas por estes dejetos, como:
Doenças transmitidas por fezes e urina de cães
Larva migrans cutânea – Conhecida como bicho geográfico. É adquirida pelo contato da pele com areia, terra ou grama contaminada pelas fezes dos cães, principalmente na praia, escolas, parquinhos ou gramados de casas.
A larva migrans cutânea é causada pela migração de larvas do gênero Ancylostoma na pele.
O sintoma que mais incomoda é a coceira, que à noite chega a ser mais intensa, provocando até insônia.
As larvas perfuram a pele e passam a caminhar ao acaso, abrindo túneis microscópicos na pele, formando lesões serpiginosas, daí o nome de “bicho geográfico”
Larva migrans visceral (toxocaríase) – ocorre em humanos infectados por ovos com larva de helmintos do gênero Toxocara canis, verme muito comum em fezes de cães.
Os seres humanos, principalmente crianças, infectam-se ao ingerirem acidentalmente esses ovos presentes no solo e em mãos contaminadas.
A doença na maioria das vezes é assintomática ou com sintomas não específicos (como dor abdominal e tosse seca) que podem estar presentes em outras doenças.
A forma clássica da doença é a visceral – Síndrome de Larva Migrans, onde o paciente apresenta sintomas respiratórios como falta de ar e aumento do tamanho do fígado. Uma outra forma da doença mais rara, porém mais grave é a ocular que pode causar cegueira nos tecidos ou no globo ocular, causando a síndrome da larva migrans ocular (LMO).
Leptospirose – Transmitida pela urina ou pela água contaminada com urina de ratos e cães. As bactérias (leptospiras) provocam a doença penetrando nas mucosas, ferimentos da pele ou pela ingestão da água contaminada. É comum aparecerem surtos de leptospirose em épocas de enchentes.
A leptospirose é confundida com doenças como gripe e, principalmente, hepatite, pois os sintomas são parecidos: dor de cabeça, dor muscular, febre alta, mal-estar.
Um sintoma capaz de diferenciar a leptospirose de outras doenças é a insuportável dor na batata da perna. Muitas vezes, o doente não agüenta ficar de pé. Em alguns casos, o doente pode ter icterícia (cor amarelada da pele). A leptospirose também provoca alterações no volume e na cor da urina, que muitas vezes fica mais escura.
Criptococose – A criptococose é causada pelo fungo Cryptococcus neoformans. O fungo pode ser transmitido por cão, gato, ovinos, primatas e principalmente pombos, por meio da aspiração do pó com o fungo.
Causa principalmente meningite grave, que pode levar o indíviduo a morte. Pode também atingir os pulmões e tem como manifestações mais freqüentes tosse produtiva, febre, dispnéia, suor intenso e emagrecimento.
Giardíase – causada por um protozoário, sendo que a forma que causa a doença é o cisto. O homem se infecta com o cisto através da ingestão de água e alimentos contaminados ou pelo contato com as fezes de animais, sendo os cães um deles ou humanos infectados (rota fecal-oral). O sintomas são diarréias freqüentes, vômitos, desidratação, fraqueza, dores abdominais, podendo evoluir para problemas mais graves quando não tratados.
Isto tudo pode ser evitado com alguns cuidados básicos como:
- Conscientização da necessidade de manter a higiene do animal
- Visitas freqüentes ao veterinário
- Sempre que passear com seu animal, levar sacos plásticos para coleta de dejetos
- Sempre lavar as mãos após este passeio
- Distribuição de folhetos explicativos dos perigos existentes da presença de fezes de animais no ambiente
- Distribuição gratuita de sacos plásticos em parques freqüentados por animais e seus donos