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Não é segredo que sou fascinada por aprender sobre culturas ao redor do mundo. Já fui para mais de cinquenta países e, em cada um deles, me dediquei a entender os costumes muito além da visão de turista. Amo mergulhar nas características do país, conviver com as pessoas locais e trabalhar com diferentes setores. Sempre busco encontrar fatos incomuns que grande parte do mundo talvez não imagina que possa existir. E é o que tenho sentido nestes últimos três anos trabalhando com os Emirados Árabes.
Para entender as peculiaridades dessa região é importante aprender sobre a fundação do país, em um passado não tão distante, 1971. Antes, a região era habitada por diversas civilizações e tribos independentes, que não formavam um país unificado. Na década de 1930, começaram as buscas por petróleo nessa área, que era repleta de dificuldades de exploração por causa do terreno desértico, mas isso não fez as empresas desistirem. Quase trinta anos depois, grandes reservas foram descobertas em Abu Dhabi, que poderia ter focado em continuar se desenvolvendo de forma independente, mas, em vez disso, decidiu se juntar a mais seis regiões que se tornariam os Emirados Árabes Unidos. Tal atitude colaborativa de preferir projetar coisas grandes junto com parceiros – em vez de agir sozinho – se tornaria uma marca registrada do país.
De largada, resolveram desenhar um plano de cinquenta anos para construir e desenvolver o país. Eles sabiam que não só seria importante planejar e desenhar um projeto com execução muito séria, mas também monitorar resultados para que o país pudesse crescer de forma sustentável. Como parte da estratégia, decidiram focar o início do plano em infraestrutura e turismo, tudo idealizado com padrões de qualidade altíssimos e ideias integradas. Por exemplo, pensando em transformar os Emirados Árabes Unidos em um hub global, um dos investimentos do governo de Dubai foi criar a companhia aérea Emirates em 1985, já imaginando a experiência do voo para oferecer o máximo de conforto e qualidade e um serviço de melhor categoria para os clientes.
Ao trabalhar tão próxima de pessoas e iniciativas em Dubai, Abu Dhabi e Sharjah, percebi o quanto os líderes se veem como servidores do seu país e como há uma grande gratidão envolvida em ter ao seu alcance o poder de impulsionar toda a nação, sem receio de colocar em prática visões tão ambiciosas. Eles têm muito orgulho em servir.
Há uma grande determinação em tornar real o destino que o país acredita ter para si. O plano de 2021, chamado UAE Vision 2021, pode ser lido e acompanhado online, e agora já está sendo desenvolvido o plano para 2071, muito focado em continuar a atrair talento global para a região, para desenvolver ainda mais a capacidade de inovar em todos os setores.
Os Emirados Árabes Unidos são um país que se desenvolveu em menos de cinquenta anos e conseguiu avançar para viver no futuro que já existe sem deixar para trás suas tradições, princípios e valores.
28foto: DivulgaçãoDICA DO MÊS
Uma leitura bem diferente sobre alta performance escrita por Steven Kotler, autor de best-sellers do New York Times, e o expert de alto desempenho Jamie Wheal. Mostra os atalhos controversos adotados por pessoas que buscam alterar os seus estados de consciência para resolver desafios e deixar os competidores para trás.
Título: Stealing Fire: How Silicon Valley, The Navy Seal’s, and Maverick’s
Autor: Steven Kotler e Jamie Wheal
Editora: Dey Street Books
Preço: R$ 51,12
*Preços pesquisados em setembro de 2018
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