Construindo famílias sólidas em um mundo líquido

"O modelo de família tradicional está sendo bombardeado e crianças, jovens e adultos estão sem referências"

imagem: Ilustrativa

A sociedade está cada vez mais confusa e em desconstrução. Recebemos, lemos e replicamos frequentemente sinais confusos decorrentes de mudanças cada vez mais rápidas e emergentes de forma imprevisível. As notícias demonstram que a capacidade de amar está crescentemente se limitando por falta de definições.

Os relacionamentos em “rede” e “duradouros” são tecidos e desfeitos com muita facilidade. É difícil hoje encontrar uma família que está convivendo há muito tempo e tem histórias para contar aos filhos, daquelas histórias que passam de geração em geração. O resultado disso são falta de segurança nos vínculos e carência de afetividade nas relações. Temos um mundo em movimento que valoriza o que é superficial e muitas vezes irrelevante, e despreza, com a mesma frequência, a essência que pode valorizar a vida.

As pessoas têm dificuldade em definir sua identidade: quem sou eu? Ou o que devo ser? E todos ouvem: “seja o que você quiser ser”. Nesse ambiente, o modelo de família tradicional é bombardeado e crianças, jovens e adultos estão sem referências que possam inspirá-los a construir uma família feliz e amorosa.

Se você me pedisse o sobrenome de uma família perfeita eu lhe diria que não conheço nenhuma. A família do comercial de margarina, que se reúne sorridente à mesa do café-da-manhã, não é uma constante para nenhuma família na história da humanidade. Isso é libertador para muitos de nós. Mas, também, levanta uma questão: será que é possível ter uma família que funcione?

Perdoe antes de qualquer coisa
Eu acredito que sim. É impossível ter uma família perfeita formada a partir de pessoas imperfeitas. Mas é completamente possível ter uma família que funcione, porque aprendemos que onde há falhas é necessário o perdão. Relacionamentos saudáveis têm o perdão como pressuposto.

Não é que eu vá perdoá-lo depois de você me pedir perdão. Eu vou perdoá-lo antes de qualquer coisa. De tal modo que, à hora em que você me ofender, a nossa relação não vai se romper. Porque eu sei que, em algum momento, você vai me machucar ou eu vou machucá-lo. Então, o perdão entra antes que o vínculo se quebre, sustentando a nossa relação.

Da mesma forma, uma pessoa saudável busca dominar a si mesma e a ninguém mais. Não tentamos controlar uns aos outros. E, quando fazemos isso, o perdão entra re-estabelecendo nossa confiança – confiança que se dá entre iguais, ainda que com funções diferentes.

Decida amar
Uma família funcional é uma família em que o amor não para. Os desentendimentos e as tentativas de controle param o amor. Amor é uma decisão, e a família que decidir assim vai tirar esses entraves para que o amor não pare entre seus integrantes. E isso não é difícil, porque toda alma anseia por esse amor, que flui entre as pessoas.

Invista em sua família. Busque todo o apoio que puder para construir uma família funcional e amorosa, que seja feliz, promova o bem e contribua para um mundo melhor

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