Muitas crianças já passavam por problemas com hiperatividade, depressão e ansiedade mesmo antes do cenário de pandemia que pode ter intensificado esses quadros. Com a rotina diferente, sem brincar com os amigos e em meio às dificuldades que uma família pode passar em meio a uma pandemia, a criança tende a ficar mais ansiosa, mesmo que não tenha nenhum diagnóstico.
Afinal, em plena fase de crescimento e repletos de energia, muitos pequenos descontaram essa frustração em hábitos como ficar acordados até tarde ou comer muitos alimentos que não são adequados. Quando açúcares e carboidratos são consumidos em excesso pelas crianças, elas têm picos de insulina que dão muita energia em um primeiro momento, porém, logo cai, transformando-se em irritação, mau humor e ansiedade.
Diante dessas sensações, a criança busca mais açúcar para lidar com a ansiedade, entrando em um ciclo vicioso sem fim. Além de todos os malefícios à sua saúde que o açúcar traz, piora a ansiedade e impede que ela desfrute de todos os benefícios que a comida de verdade oferece à sua saúde.
O diálogo como primeiro passo para mudar
Sabemos que as emoções refletem diretamente no estilo de vida. Assim, é muito importante que a família converse sobre esse estilo de vida. Uma reflexão sobre como estão os hábitos e a alimentação é essencial.
Independente da questão de cada casa, nunca é tarde para melhorar o estilo de vida e a alimentação. Portanto, é essencial que a família converse abertamente sobre o assunto. Ao mesmo tempo que dá oportunidade para a criança entender sobre o que ocorre em casa, ela pode expressar seus sentimentos e dar o seu ponto de vista para que a família também compreenda melhor.
Metas de alimentação saudável
Se a tendência é ficar mais em casa, é importante cuidar para que a comida feita todos os dias seja a mais natural possível. Evite ter na geladeira e na dispensa muitas guloseimas, pois acabam atraindo os paladares infantis – e adultos, também, que devem dar o exemplo.
O momento da alimentação é o momento para a família reunir-se em torno do preparo das refeições. A criança pode se envolver no preparo dos alimentos. Ela pode, também, ajudar a arrumar a mesa onde serão servidas as refeições saudáveis.
Criar um clima favorável pode ressignificar o momento de se alimentar. No geral, caso exista uma dificuldade, a família pode estabelecer metas para a alimentação saudável. Seja uma faxina na dispensa, teste de uma nova receita ou permitir os doces somente aos finais de semana.
Em casos em que a família não consegue administrar a ansiedade infantil, lembre-se que o auxílio de um psicólogo sempre pode ser bem-vindo. O tratamento psicoterápico aliado ao estilo de vida saudável pode produzir efeitos muito positivos para as crianças.
Dra. Thalita Cardoso
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