Quem acompanha meus textos sabe que sempre procurei explicar que a principal característica dos tempos de crise é a falta de “perspectiva”.
A ausência de perspectiva, da noção de espaço euclidiano, confunde nossa visão, embaralha nossa mente, embaça nossa capacidade de decidir. Sem o que comumente chamamos de “ponto de fuga” a nossa visão confusa nos deixa perdidos.
Sem uma visão clara, nossa tendência é não prosseguir, é parar no acostamento, como numa estrada com intensa neblina.
Quem deu a noção de perspectiva ao ser humano foi a escrita. Por isso é que uma pintura naïve é também chamada de “primitivista” e o que a caracteriza é a ausência de perspectiva.
O que está acontecendo agora no Brasil é que essa neblina da crise começa a se dissipar.
Todas as instituições sérias como FIESP, CNI e outras, assim como a imprensa especializada, mesmo os órgãos pouco favoráveis ao atual governo, afirmam que em 2021 o crescimento do PIB deverá estar acima dos 5%, um dos maiores crescimentos dos últimos anos.
Com a neblina baixando, a perspectiva melhora e começamos a ver com mais clareza as oportunidades e mesmo os desafios.
Agora, pois é hora de irmos nos preparando para deixar o acostamento. É hora de fazermos uma boa revisão em nosso veículo para que ele possa aproveitar com a velocidade certa a estrada que se abre em nossa frente.
Agora, portanto, é hora de passar do plano da espera para o plano da ação, acreditar e pisar fundo. Acredite: a neblina vai se dissipar!
Pense nisso. Sucesso!