A temporada do PGA 21/22, foi incrível em todos sentidos, e a surpresa foi o Rory McIlroy como campeão da FedEx no último dia, depois do Scottie Scheffler liderar por 70 buracos, naquela que foi sua brilhante temporada. Scottie se tornou o primeiro jogador da história do PGA TOUR, a ganhar como o jogador do Korn Ferry Tour do ano de 1919, ganhar em 2020 PGA TOUR Rookie of The Year e agora em 2022 ganhou como PGA TOUR Player of The Year. E o que chama a atenção, é que ele foi escolhido por 89% dos votos de seus pares membros do PGA, dando mais que legitimidade aos 4 títulos que ganhou na temporada e o fato de se tornar o líder do ranking mundial. Por isto levar para casa o Jack Nicklaus Award, trás aquele algo a mais que caracterizam os grandes do esporte.
Já a temporada 22/23, que começou entre os dias 15 a 18 de setembro, com o torneio Fortinet Championship no Napa Valley, Califórnia, com a vitória do americano Max Homa, que fez um back to back, pois foi o vencedor também no ano passado. Mas a grande surpresa, foi que Homa entrou no buraco 18 perdendo por uma tacada para o experiente inglês Danny Willet, vencedor do Master de 2016. Depois de dar um drive para a esquerda do fairway Homa não conseguir colocar em duas no par cinco, ficando na banca da esquerda do green, fez um retirada não comum para jogador da sua categoria, quase uma papinha que nos amadores frequentemente fazemos. Viu o Danny Willet colocar na entrada do green com a segunda tacada. Em seguida o Danny deixou a bola a menos de dois metros do buraco, que obrigou Homa a embocar de fora para ter a possibilidade de um play off, caso inglês errasse seu curto putter. Como o golfe também trás muitas emoções e surpresas, Homa embocou de fora deixando o Willet com um sorriso amarelo. O que ninguém esperava aconteceu, num distância tão curta o inglês deu 3 putters para perder por uma tacada o torneio. Acho além dos 568 mil dólares que ele perdeu, diferença da premiação de primeiro para o segundo, está jogada ficará muito tempo na cabeça do Willet.
PRESIDENT’S CUP
O segundo e maior torneio de equipes do mundo, a President’s Cup, confronto entre os jogadores americanos e o resto do mundo (menos Europa), aconteceu nos dias 22 a 25 de setembro, em solo americano, no Quail Hollow Club, na Carolina do Norte. Como a grande maioria dos aficcionados sabe, a Taça é disputada por 12 jogadores de cada equipe. E o primeiro dia de jogo, em fourball (melhor bola das duplas) as duplas americanas fizeram 4 pontos dos 5 possíveis, reafirmando o favoritismo que se estabeleceu quando do anúncio das duas equipes e pelo performance que a equipe tem em solo americano comprovado nos últimos anos. Além disso, a equipe do resto do mundo, ressentiu muito a ausências de jogadores como o chileno Joaquin Niemann, o australiano Cameron Smith e o Louis Oosthuizen, para citar 3 jogadores que seriam titulares absolutos, que foram impedidos por aderirem ao Liv Golf. E o segundo dia, o tão esperado foursomes ou seja tacadas alternadas, um tipo de jogo pouco praticado no mundo do golfe, mas que eu particularmente gosto muito, pois diferente do melhor bola, a sincronização dos parceiros tem que ser perfeita para que os resultados apareçam. Deu a mesma lógica do primeiro dia, com a vitória esmagadora de 4 a 1 para os americanos, tendo com maior destaque a dupla Patrick Cantlay e Xander Schauffele, que vem se posicionando como a grande dupla dos últimos anos do golfe mundial. A equipe do resto do mundo, começou o terceiro dia de competição, o famoso moving day, com uma pressão extraordinária pois perdendo de 8 a 2, que deixava a equipe americana apenas a 7,5 pontos para ganhar a taça. Na parte da manhã ouve um empate em 2 a 2, no tacada alternada (foursomes), sendo que o time internacional fez um ponto com sua dupla mais veterana, Adam Scott/Hideki Matsuyama, e o outro com o rookie sul coreano Tom Kin e seu parceiro também coreano K.H. Lee.
Na parte da tarde uma surpresa agradável para os amantes do golfe, foi a performance do time internacional que ganhou de 3 a 1, tendo como destaque a dupla de coreanos Si Woo Kim e Tom Kim, que bateram os até então invencíveis Patrick Cantlay e Xander Schauffele, que há muito tempo não perdiam. Demonstrando para a equipe americana, que não se ganha na teoria e nem no tee de saída. Ai veio o último dia, com os americanos precisando fazer só 4,5 pontos para ficar com a taça ante os 12 pontos máximos possíveis e os internacionais precisando de 8,5 pontos.
E sem surpresas devido nível técnico das duas equipes, o mano a mano do matchplay, acabou em a 5,0 em favor dos americanos que levaram a Presidents Cup mais uma vez, totalizando 17,5 a 12,5. Uma surpresa agradável foi a vitoria do colombiano Sebastian Muñoz, único representante sul americano na equipe internacional, sobre o número um do mundo Scottie Scheffler. Mas precisa ser dito, que foi a menor diferença de vitória nos últimos 5 torneios em solo americano.