O mês de maio é um dos dois melhores meses para a prática do golfe. No hemisfério sul estamos em pleno outono e no hemisfério norte na primavera, quando temos temperaturas médias muito agradáveis. Não há desculpas para deixar de praticar este nosso maravilhoso esporte, então, vamos para o campo moçada de todas as idades. Este esporte é tão especial e longevo, que vou contar uma história real, devidamente autorizado pelos autores da façanha, que foi muito divertida. Três ótimos jogadores, todos com um digito de handicap, numa sexta do último mês de abril, saíram para um match-play, estilo todos contra todos, valendo a primeira volta, a segunda e o jogo. Sem falar que valia dinheiro também, o birdies (um abaixo ao par), os sand saves (par saindo da banca), embocada de fora do green. Não vou colocar os valores das apostas aqui, pois não tem a menor importância, o que estava em jogo era uma luta de gerações. Os dois mais jovens com handicaps abaixo abaixo de 5, com porte atlético diferenciado e o mais veterano com 9 de handicap. E como só poderia acontecer no golfe, o desempenho do mais velho, com 72 anos de idade, foi mortal em matéria de performance, tanto assim que liquidou o jogo com os dois mais jovens no buraco 15, ganhando a primeira volta, a segunda e o jogo. No tee do buraco 16 do São Fernando Golfe Clube, local do jogo, de forma hilaria e irreverente, Gera solta esta pérola para o Zé que era o melhor jogador dos três, “nós somos dois p… incompetentes, perdemos para um cara bem mais velho (menor diferença de idade 13 anos), com a metade do nosso tamanho e ainda por cima meio aleijado” (Manuel o terceiro e mais velho jogador, jogou o tempo todo com dores terríveis na sua fascite plantar, que o obrigou a adaptar o swing). Como a grande maioria já aprendeu, o golfe não é um jogo de quem bate mais forte e sim de quem faz menos! Parabéns aos três amigos, que além de serem ótimos jogadores, primam pela elegância e o fairplay. Antes de comentar os torneios mais importantes do tour, gostaria de registrar mais uma vez, que o nosso grande amador Fred Biondi, neste mês de maior subiu do terceiro para o segundo lugar no PGA TOUR University Ranking. E registrar que a nossa infantil Bella Simões, de apenas 9 anos de idade tentou a ousadia de se classificar US Women´s Open. Ela que já ganhou 3 vezes U.S Kids World Champ, está tentando quebrar um Record que pertence a americana Lexi Thompson que se classificou com 12 anos para este torneio. E eu não poderia deixar de registrar a vitoria do nosso compatriota Adilson Silva, no torneio Nelson Mandela Bay Classic, etapa importante do Sunshine Sênior Tour (África do Sul).
PGA
Neste mês vou dar os principais hign-lights, começando na virada do mês com a espetacular vitória do Tony Finau, no Aberto de Mexico, sua sexta vitoria no tour, em cima do número um do mundo o Jon Rahm, o defend champion, que acabou em segundo. Nos dias 4 a 7 de maio, tivemos o tradicional Wells Fargo Championship, jogado na Carolina do Norte, vencido pelo americano Wyndham Clark, de 29 anos, aliás sua primeira vitória no Tour depois de 7 anos como profissional. E o destaque mais uma vez fica por conta do ganho de US$3,6 milhões neste torneio, uma vez que em toda sua carreira o máximo que havia ganho num torneio tinha sido US$485 mil. Mas a grande surpresa até aqui, ainda falta o torneio do dia 18 a 21 deste mês do PGA Championship, que será realizado em Rochester, Nova Iorque, foi a volta às vitórias do australiano Jason Day, no AT & T Byron Nelson, no campo do TPC Craig Ranch, na cidade de McKinney, Texas. Esta foi a sua 13ª vitória no Tour, coincidindo com a sua primeira vitória no tour há treze anos neste mesmo torneio.
LPGA
Neste mês vamos dar mais destaque ao torneio HANWHA LIFEPLUS INTERNACIONAL CROWN, que volta a cena do golfe profissional feminino, realizado entre os dias 4 e 7, no campo do TPC Harding Park em São Francisco Califórnia. O último torneio foi realizado em 2.018, pois o torneio que seria realizado em 2020 foi cancelado devido a covid. Esta International Crown foi instituída em 2014, vencida pela Espanha, em 2016 venceu os Estados Unidos e em 2018 pela Coreia do Sul. Em 2023 manteve-se a formatação, que eu particularmente gosto muito, isto é, um torneio entre países que detem as melhores jogadoras do ranking do LPGA Tour. A disputa começou com 8 países, com 4 jogadoras cada, que jogaram os 3 primeiros dias, quinta a sábado, a fase classificatória que escolheu as 4 equipes para a semifinal de domingo de manhã, e na tarde de domingo jogaram as duas melhores equipes disputando o primeiro e o segundo e as perdedoras jogando o 3 e 4 lugares. Na fase de classificação os países foram divididos em dois grupos de 4, jogando todos contra todos (round-robin), na modalidade melhor bola da dupla de duas duplas cada. Nas semifinais e nas finais, duas jogadoras de cada time fazem match play individual e as duas restantes jogam dupla em tacadas alternadas.
A vitória ficou com a Tailândia, que bateu na final o time da Australia, e não podemos dizer que foi uma grande zebra, mesmo tendo entre os 4 finalistas também os fortes times dos Estados Unidos e da Suécia. A vitória da Tailândia, serve de exemplo para nós que temos um país continental, comparado que a Tailândia é do tamanho do nosso Estado de Minas Gerais. E voltando no tempo, tudo começou com a vitória em 2016, no Bristish Womens´s Open, da Ariya Jutanugarn, que inspirou muitas jovens Tailandesas e os resultados ficam evidentes agora com a conquista de 2023, pois elas dominaram em termos de performances. Os dois destaques foram Arya que ganhou como MVP do torneio, ganhou junto com sua irmã Morya Jutanugarn todos os cinco jogos que participaram e a jovem de 20 anos Atthaya Thitikul que teve um perfeito fim de semana, e foi responsável pelo birdie do buraco 16 que deu a vitória sobre a Australia.