Viva Golfe – Dezembro de 2023

Desde o Natal de 2000, que aproveito a matéria de dezembro, que tenho que entregar no início do mês, para agradecer a todos os leitores e especialmente a aqueles que me mandam seus comentários, que me mandem histórias e fazem críticas, que certamente melhoram meus artigos. Também faço de público o agradecimento para a equipe da Revista Viva, que tornam via diagramação e as ilustrações os meus artigos mais palatáveis aos nossos leitores. E desejar a todos um Feliz Natal e um ano novo repleto de realizações. E aproveito o ensejo para desejar que a segunda etapa da temporada do PGA Tour 23/24 que começa no início de janeiro, possa ser tão primorosa quanto a temporada 22/23. E ainda, que tenhamos chances aqui no Brasil de acompanhar mais de perto o DP World (ex-European Tour), o LPGA Tour, o Champions, o Korn Ferry e a temporada do Liv Golfe, que nesta última temporada foram também muito bons, mas que nós só conseguimos acompanhar parcialmente pelo Golf Channel, pelo Star+ ou pelo streaming. Que neste ano que entra, tenhamos a nível de Brasil, o televisionamento de mais torneios nacionais, seja de profissionais ou amadores, como o Ricardo Fonseca fez este ano via internet. Também gostaria de desejar muito sucesso e que todos que amam o golfe no Brasil, se engajem no novo projeto de desenvolvimento do golfe de alta performance que a CBG implantará no início de 24, que está sendo encabeçado pela Alexandre Rocha, um dos nossos profissionais com mais sucesso no exterior, pelo Otávio Vilar (Fanta), pelo Roberto Gomez, pelo André Conolly e outros profissionais das mais diversas áreas, que são técnicos que amam e conhecem muito bem o nosso esporte. Que possamos apoiar muito o projeto do Kids da Felipe Almeida, o Golfe Nota 10 da FPG, o Corujinha do meu jovem amigo Pepe e que o projeto Japeri criado e desenvolvido pela nossa querida Vic White destinado aos caddies, seja replicado Brasil a fora. E como já escrevi dezenas de vezes nos meus artigos, precisamos ter consciência que talento não tem classe social! Se no Brasil num prazo de 10 anos, não conseguirmos chegar próximos ao estágio atual do Chile e da Argentina, no golfe de alta performance, a culpa será nossa e da falta de união, que perdura há muito tempo. Vamos olhar para frente, corrigir rotas e acima de tudo não ficar focado no passado dos últimos 10 anos. O valor do futuro do golfe brasileiro tem que começar já, passo a passo!

PGA Tour

Reprodução/Internet

O torneio do Hero World Challenger, que acontece todo dezembro, e este ano foi realizado entre os 30 de novembro a 3 de dezembro, no New Providence Golf Club nas Bahamas, causou um certo “frisson”, com a confirmação há 15 dias do torneio da presença do seu idealizador Tiger Woods. E como todos que acompanham o golfe e aqueles que leem nossos artigos ao longo do tempo, sabem que este é um torneio invitational com um número limitado de 20 jogadores. Como muitos dizem, é um torneio com os amigos mais chegados do Tiger. As ausências mais sentidas ficam por conta do Rory McIlroy e o Jon Rahm, que devem estar já nas férias europeias. O vencedor foi o número um do mundo, Scottie Scheffler, com 20 abaixo do par, que teve uma temporada 22/23 espetacular. Scheffler só não teve a melhor volta do torneio que ficou com o austríaco Sepp Straka, que jogou 8 abaixo no último dia, para ficar em segundo com 3 tacadas atrás do vencedor. Quem jogou bem este torneio também foi o grande amigo do Tiger, Justin Thomas que terminou em terceiro com 16 abaixo. Mas o grande destaque fica por conta do anfitrião, o lendário Tiger Woods, que mesmo estando um ano parado deixou em muitos momentos a sua marca de genialidade natural aparecer de forma muito tranquila, ele terminando em 18º lugar não tirou em nada o seu brilho, pois terminar o torneio sem maiores dores já representa um feito. Estamos agora vendo um Tiger muito mais descontraído e todos torcendo para que ele consiga jogar um torneio pelo menos ao mês. E ainda, torcendo para que suas palavras se concretizem, “se eu achasse que não teria condições de voltar a ganhar um torneio novamente, eu não voltaria”, que os deuses do golfe assim o permitam!

LPGA

Reprodução/Internet

Eu não podia deixar de comentar sobre o golfe profissional feminino, que além de estar crescendo ano a ano, neste ano de 2023 teve momentos incríveis, e ainda, em diversos torneios tivemos muito mais emoção do que certos torneios tradicionais do PGA Tour masculino. E na minha opinião, vai se equiparar ao tênis feminino e ao vôlei feminino, que dada as características apresentam um jogo mais aguerrido, onde os rallys são mais intensos, onde há uma disputa mais ampla. Já comentamos em artigos passados a vitória da Europa em cima dos Estados Unidos na Solheim Cup, este ano em solo espanhol, que prova o que comentei no parágrafo anterior. Sem falar que mesmo ainda tendo prêmios dos torneios muito aquém dos torneios masculinos, tivemos 30 jogadoras este ano com faturamento acima de 1 milhão de dólares, devida a paridade existente entre elas. Se juntarmos beleza, graça e mais leveza dos swings, e a cada dia resultados técnicos melhores, em breve o público fanático do golfe masculino que acham que os homens performam melhor, vão mudar de lado. E não precisamos comentar o extraordinário ano da americana Lilia Vu, que ganhou como a jogadora do ano e ficou com o primeiro lugar no ranking mundial. Temos jogadoras como a francesa Celine Boultier, a chinesa de 21 anos Ruoning Yin (a rookie of the year), a coreana Hyo Joo Kim e a australiana Minjee Lee, todas com ganhos acima de 2 milhões de dólares. Agora o que me prende horas assistindo os torneios femininos, além dos predicados mencionados anteriormente, é o jogo curto dessas moças, ao redor e nos greens, verdadeiras aulas. Convoco todos os leitores a acompanharem o LPGA em 2024, vocês não se arrependerão.