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Nos últimos 80 anos o golfe vem se expandindo muito na classe média alta nos países de primeiro mundo e na faixa mais abastada dos países ditos em desenvolvimento. Se outrora era um jogo da aristocracia, hoje sem dúvida é o jogo das pessoas bem-sucedidas, não importando suas origens. E deixando de lado o golfe de alta performance, cujo ritual é assemelhado mundo afora, nos diversos tours profissionais, seja na América, Europa ou Ásia, vou comentar sobre a diversão do golfe amador, que toma diferentes proporções mesmo dentro de um mesmo país e às vezes dentro de uma mesma região.
Semanalmente se reúnem golfistas em quase todos os campos privados do mundo e em alguns campos públicos, para um torneio interno ou simplesmente para partidas entre amigos. Em quase todos eles, não importando se no hemisfério sul ou norte do globo, estes golfistas se encontram no buraco 19, o bar, para celebrar alguma coisa ou algum feito excepcional de um amador.
Nas muitas décadas que jogo golfe, tive a oportunidade de participar de muitas festas, seja nas Américas, como na Europa e na África do Sul, onde sempre prevaleceram brincadeiras e muito bom humor no buraco 19. Aqui no Brasil, participei de norte a sul, de momentos memoráveis, seja num torneio na Bahia, como no Mato Grosso, no Paraná ou no Rio Grande do Sul, sem falar que os dois clubes que eu sou sócio aqui no Estado de São Paulo, que são festeiros de primeira ordem. Mas nada se compara com a turma da Sexta Feira Nobre, do São Fernando Golfe Clube que com sol ou chuva (sem raios) se reúne toda a semana para um jogo de 18 buracos. Tem dois tipos de torneios, um sweepstake semanal e um torneio de duplas que vai de fevereiro a novembro de cada ano.
A festa semanal acaba anualmente com uma grande festa no fim do ano, onde a família Sexta Nobre se reúne toda, com direito a show e brindes, quase sempre de um bom gosto incrível. A regra básica do grupo é respeitar as regras do golfe, sem qualquer tipo de concessão (não tem putter dado) e muita alegria no buraco 19 (o bar). Como tudo que dá certo por longo tempo, o segredo é a perfeita organização e o comando, às vezes implacável, do maestro Wagner de Angelis, que na doçura dos seus 1,90m e fala relativamente mansa, quando tudo está em ordem, e não deixa nada sair dos trilhos.
E como diz o meu amigo Doc, “esta sexta não tem nada de nobre, mas é boa demais”. A recepção e o carinho aos novos membros, aqueles que não tomaram bola preta, é sempre extraordinária. E um velho parceiro como eu, que sempre fui desde o primeiro momento abraçado por todos, não podia ter tido no mês passado uma recepção melhor, quando depois de mais de 3 anos volto no dia 17 de janeiro último, no dia em que contemplava 74 anos de idade, ao convívio dos nobres.
Tenho que confessar ao público que foi a melhor recepção em toda a minha vida, pelo carinho explícito, até de pessoas que conheci naquele dia. Abraços, beijos e palavras de carinho, numa dimensão jamais vivida por mim, estou excluindo do grupo meus amigos mais chegados, que nunca me falharam, fizeram este dia inesquecível. Com brincadeiras sempre de bom gosto, onde pequenas e instrutivas “sacanagens”, levam todos a rir efusivamente.
UMA TURMA DO BARULHO COM MUITA ALEGRIA E ELEGÂNCIA.
Gostaria de compartilhar com os leitores da Revista Viva, para o público agradecer a este grupo que extrapola em carinho. E como diria o grande mestre Tatá “IS WE”!
Viva o Golfe