Prevenção das doenças de vias respiratórias altas no outono e inverno

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Nas estações climáticas do outono e inverno há o predomínio das temperaturas mais baixas, menor umidade relativa do ar e maior concentração de poluentes atmosféricos. Os dias mais frios, com ambientes fechados, menos ventilados e com aglomeração de pessoas, favorecem a transmissão de agentes infecciosos virais e bacterianos. Como consequência, observamos uma incidência maior de afecções das vias aéreas superiores como rinites, sinusites, faringites e laringites. Tais doenças acometem tanto adultos como crianças que, pelas características anatômicas dos ouvidos nesta faixa etária, são mais suscetíveis a ter concomitantemente otites agudas.

As pessoas com hipersensibilidade das vias respiratórias tendem a ser mais predispostas a desencadear essas doenças por exacerbação dos sintomas de obstrução nasal e aumento de secreções catarrais na presente época do ano. A retenção dessas secreções e sua subsequente contaminação por agentes infecciosos, nos seios da face e ouvidos, desencadeiam os sintomas característicos associados às sinusites e otites, como dores de cabeça, otalgias e sensação de surdez, respectivamente. As dores de garganta, rouquidão ou mesmo afonia estão relacionadas ao comprometimento da faringe e laringe, que tem suas pregas vocais inflamadas.

Tais afecções do trato respiratório superior vão ser tão mais recorrentes quanto maiores forem as condições predisponentes das pessoas e a negligência referente à necessária profilaxia.

Assim, os cuidados preventivos são obrigatórios neste período do ano. Especificamente para controle das manifestações de hiperreatividade das vias respiratórias, os imunomoduladores, estimulantes de produção de anticorpos, antihistamínicos e antiinflamatórios hormonais de ação tópica são medicamentos seguros e eficazes. Associados à hidratação nasal com solução salina evitam ou minimizam a ocorrência de complicações infecciosas que demandariam o uso de antibióticos. Da mesma forma, as vacinas são essenciais.

As medidas de controle à exposição a fatores ambientais adversos como alguns produtos usados para higiene doméstica, perfumes, poeiras, fumo, mofo e ácaros entre outros devem ser redobradas não somente pela suscetibilidade a eles mas também por sua maior concentração nos ambientes usualmente mais fechados e pouco ventilados nesta época do ano.

Por: Dr. Antonio Carlos Cedin – Otorrinolaringologia e Rinologia American Rhinologic Society Member CRM 34276-SP

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