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Neste mês peço licença aos leitores, para fazer um agradecimento e uma homenagem mais que especial, a um grande professor de golfe, que sempre foi mais que um instrutor, que tinha como essência de seu trabalho ir muito além do esporte, levava como missão encantar almas. Nas minhas matérias e história de golfe, ao longo de décadas, nem sempre levei à risca a objetividade dos fatos, por achar que umas pitadas de glamour ou pequenas licenças poéticas davam algo a mais a este esporte maravilhoso. Mas ao compartilhar esta história real, não deturpar nenhum momento, para que ela pudesse representar a história de gratidão de muitas pessoas, nos mais diversos esportes ou situações. Vamos a ela.
Meu pai, por sua causa na vida e na sua ausência, foi tirado do nosso convívio muito cedo, amei e venho amando o nosso golfe, por mais de seis décadas. Os princípios “golfisticos” que me ensinaste de ordem, integridade, respeito às regras e elegância, entraram pela minha pele e incrustaram-me na minha alma. Se ajudaram na prática do golfe, ajudaram muito mais na vida pessoal e na profissional.
A minha gratidão, passa por orações diárias, para purgar minha dívida eterna. O aceitar os mais diversos campos de batalha, como eles são, propiciou soluções e ganhos de toda ordem. Aprendendo nas derrotas e dificuldades, muito mais, como se fossem pós-graduações de vida, um trampolim para o sucesso. Chego na maturidade da terceira idade, que Deus não permitiu a você, talvez pela sua superioridade de alma, com a tranquilidade de ter absorvido os seus ensinamentos e exemplos, propiciando-me uma felicidade que jamais pude imaginar que um dia poderia ter.
Obviamente meu pai, não estou nem de longe 100% preparado para tudo, mas alcancei um estágio de aceitação das minhas virtudes e fraquezas, que tornam o meu caminho muito mais leve e prazeroso, como aquelas partidas de golfe que jogamos na minha adolescência.
Tento olhar o futuro, que agora será mais breve que o passado, como me ensinaste o prazer de jogar golfe, que transformou no meu “carpe diem” diário, não como uma aceitação mórbida, mas como as alegrias das boas tacadas. Ao me ensinar a encarar de frente os mais diversos obstáculos dos mais diversos campos de golfe, me ensinaste que tudo na vida tem uma solução, que será mais fácil ou menos fácil, quanto mais eu estiver preparado. Você dizia antes das minhas partidas de golfe, que a sorte ajudava a mente preparada e em especial, aqueles que não se cansavam de treinar e se aprimorar. E que a magia deste esporte estava na simplicidade de movimentos (swing) e nas infinitas possibilidades do jogo em si. Eu não poderia neste tributo, deixar de registrar sua frase que está impregnada no meu cérebro eternamente, “o golfe é um esporte que você leva seis meses para aprender a bater na bola e o resto da vida para aprender a jogar”.
Cinco décadas de sua ausência física, não eliminaram sua presença espiritual dia a dia, que sempre me serviu de apoio e suporte nas mais diversas situações. Na certeza de que voltaremos a caminhar juntos num futuro, receba minha eterna gratidão.
Viva o golfe!