O golfe po?s-pandemia – Uma oportunidade

Na Esco?cia, por exemplo, foi noticiado que alguns clubes dobraram o nu?mero de so?cios, e por aqui essa realidade comec?a aparecer

Ilustrativo

Nos u?ltimos meses, tenho escrito diversos artigos envolvendo as circunsta?ncias que o nosso querido esporte vem sofrendo nesta pandemia, que ja? se arrasta por mais de seis meses, e cujo final na?o temos ainda como precisar. No entanto, como os casos de Covid ve?m diminuindo significativamente nos u?ltimos 60 dias, foi permitida a abertura de clubes e campos de golfe no pai?s e no mundo. Na?o ha? du?vida de que o golfe, cujo distanciamento social ja? faz parte de suas regras naturais do jogo, emerge com grande plenitude. Sejam nos campos em resorts, nos clubes mais centrais das cidades e especialmente naqueles campos localiza- dos nos condomi?nios residenciais. Estes u?ltimos foram os primeiros a sair do lockdown, uma vez que esta?o localizados fora dos grandes centros, em cidades de pequeno e me?dio porte, permitindo, ale?m da pra?tica do esporte, uma qualidade de vida diferenciada em tempos de pandemia.

Sem falar que grande parte desses condomi?nios tem toda a infraestrutura para quem quer ou pode trabalhar em home office. Sabemos que o tamanho desta onda deve se arrefecer a partir da sai?da da quarentena, mas certamente deixara? um legado maior que o pre?-pandemia. Todas as revistas especializadas em golfe na?o cansam de relatar que, nos u?ltimos 60 dias, muitos clubes tiveram um aumento considera?vel de so?cios. Na Esco?cia, por exemplo, foi noticiado que alguns clubes dobraram o nu?mero de so?cios, e por aqui esta realidade comec?a aparecer.

Se a evoluc?a?o imobilia?ria nos condomi?nios com golfe e? uma realidade nos u?ltimos 90 dias, na?o podemos per- der a oportunidade i?mpar de aumentar o nu?mero de praticantes de golfe. Eu sempre achei uma vergonha o nu?mero de praticantes de golfe no Brasil, considerando nosso tamanho continental e a forc?a de nossa economia. Por isso, sem me preocupar aqui com o nosso fracasso no passado, neste sentido, gostaria de convocar a todos que amam este esporte no nosso pai?s, para, juntos, buscarmos soluc?o?es efetivas que aumentem o nu?mero de praticantes. Isso sem segregar ou discriminar ningue?m, sejam dirigentes, empresa?rios, patrocinadores, presidentes, diretores de clubes, jornalistas, jogadores profissionais e amadores. Foi noticiado, nos u?ltimos dias, que o PGA Tour e Fundac?a?o da fami?lia Arthur M. Blank esta?o doando para o First Tee US$ 9,5 milho?es para que mais crianc?as, por todo os Estados Unidos, tenham acesso ao golfe. Com menos de 10% desse valor, fari?amos uma revoluc?a?o no golfe brasileiro. Se, durante o lockdown, fomos capazes de criar soluc?o?es diversas em muitos segmentos, por que, unidos, na?o conseguiremos achar um caminho inteligente para que o nosso golfe apresente uma curva de crescimento razoa?vel? A oportunidade parece estar mais presente do que nunca.

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US Open 2020
Escrevi este artigo dois dias apo?s o torneio US Open deste ano, realizado no Winged Foot Golf Club em Mamaroneck, NY, vencido espetacularmente pelo ame- ricano de 27 anos, Bryson DeChambou, com seis taca- das abaixo ao par (-6). O feito e? u?nico de DeChambou, uma vez que conseguiu a proeza histo?rica de, ao mesmo tempo, ser o jogador com a melhor me?dia de dista?ncia nos drives (325,6 jardas) e a pior me?dia de precisa?o nos drives (driving accuracy 41,1%), entre todos os ganhadores do Open desde 1983, quando iniciaram esta estati?stica.

No?s, aficionados, que seguimos ha? muito o tour, sabe- mos sobejamente que a USGA (United Golf Association) na?o facilita a vida dos jogadores do Open em qualquer campo, e a histo?ria prova isto, pois a grande maioria dos vencedores deste torneio sempre ficou muito perto do par do campo. Os principais pontos de gargalo sempre foram os fairways (raias) estreitos, os roughes muito altos e os greens ondulados e rapidi?ssimos. Mas o Mr. DeChambou, com seus drives bomba, conseguiu entrar e sair dos roughes com maestria e manter uma me?dia de putters que nenhum outro jogador conseguiu nos quatro dias de torneio. Para mostrar um pouco da dificuldade desse campo, pesquisei os resultados dos u?ltimos tre?s opens nele, tive a ideia a partir da mensagem que meu amigo Ravi me mandou, mostrando o resultado do torneio de 2006 vencido pelo australiano Ogilvy com cinco tacadas acima do par (+5). Em 1984, o americano Fuzzy Zoeller ficou perto com quatro tacadas abaixo o par (-4). Em 1974, esse torneio foi vencido pelo Halle Irwin com sete tacadas acima do par (+7). Confesso aos amigos leitores que torci muito para o jovem de 21 anos, Matthew Wolff (apesar do seu medonho swing), que liderava no terceiro dia quando findaram os primeiros 54 buracos, pois, se ele ganhasse, se tornaria o mais jovem vencedor desde a vito?ria de Bobby Jones em 1923.

DeChambou se juntou tambe?m aos monstros Jack Nicklaus e Tiger Woods, como os u?nicos joga- dores a ganhar o US Open Amador e o US Open profissional. Tem gente comentando que DeChambou comec?a uma nova era do golfe. Vamos conferir!

Os putters perdidos

No?s, amadores, sempre ficamos superchateados por perder putter curtos. Por isso, neste artigo resolvi ane- xar um vi?deo enviado pelo amigo golfista Ze? Eduardo que mostra um grande nu?mero de putters perdidos pelos maiores jogadores. Uma tristeza que valeu muito dinheiro!

https://www.youtube.com/watch?v=k_6b4uclMpY&feature=youtu.be

Cuidando da sau?de dos golfistas

Nesta edic?a?o, a fisioterapeuta Rossana Quessa, especializada em golfistas, apresenta como tratar a segunda principal lesa?o dos golfistas: os ombros. Veja o vi?deo e aplique as recomendac?o?es.

Viva o golfe! Durval Pedroso