Nesta edição quem escreve é a fisioterapeuta Catarina Risso Gertrudes, que trabalha há quatro anos na Clínica Sônia Domingues Pereira. É fisioterapeuta formada em GDS e RPG há 13 anos, hoje em aprimoramento em Fisioterapia no Esporte.
A magnetoterapia, ou terapia por campo eletromagnético, vem sendo cada vez mais utilizada na fisioterapia no Brasil. É praticada por meio da utilização de ímãs (na acupuntura) ou aparelhos de emissão de campo eletromagnético (CEM).
Este recurso é adotado desde a antiguidade, quando o físico austríaco F. Mesmer testou com sucesso a influência de ímãs em doenças articulares, fazendo uso de ímãs naturais disponíveis à época, antes mesmo do advento da eletricidade e quando praticamente nada se sabia sobre o efeito dos campos magnéticos para tratamentos de doenças.
Hoje em dia, utiliza-se na prática clínica um aparelho de emissão de CEM de baixa intensidade, o Magnetherp 330, que permite ao aparelho criar um campo eletromagnético controlado, alterando a sua polaridade, intensidade e frequência (que pode ser variável e pulsada) dando uma ampla gama de opções para o tratamento da patologia. A aplicação desta técnica, quando indicada, não causa nenhum desconforto ao paciente e, por não ser invasiva, pode ser feita até diariamente.
A atuação do campo eletromagnético no nível celular ajuda a promover o restabelecimento bioquímico, restaurando a funcionalidade de sua membrana por meio do aumento no metabolismo, que provoca a estabilização da bomba de sódio-potássio da célula. A eficiência deste recurso para o tratamento de fraturas, regeneração tendínea e no tratamento de osteoartrose vem sendo estudada cientificamente com resultados muito positivos.
Encontramos ainda, em nossa prática, um resultado animador para o tratamento de capsulite adesiva (ombro congelado) com o uso da magnetoterapia. Adotamos a técnica em diversas patologias, sendo uma grande aliada no tratamento de consolidação óssea, em dores provenientes de osteoartrose, rigidez articular, aderência de tecidos moles no pós-operatório, tendinite, lesão muscular, regeneração de lesões nervosas periféricas, diminuição de edemas, artrites e contraturas. A magnetoterapia é ainda indicada em tratamentos para regeneração de lesões de pele e disfunções circulatórias.
O uso da magnetoterapia traz inúmeros benefícios ao paciente, seja no alívio da dor, melhora da mobilidade articular, diminuição do tempo de regeneração celular, diminuição da inflamação, aumento da vascularização local (sem causar aquecimento local). Em nosso trabalho, a magnetoterapia é mais um recurso de que lançamos mão para a melhora do paciente, conjugado com outros recursos de eletroterapia. O tratamento do paciente sempre consiste em evolução fisioterapêutica para que este alcance a independência e retorne às suas atividades do dia a dia sem dor e com segurança.
DRA. CATARINA RISSO GERTRUDES | Fisioterapeuta Crefito 99615-F
DRA. SÔNIA DOMINGUES PEREIRA | Fisioterapeuta Crefito 3.8660-F
Clínica Sônia Domingues Pereira – Al. Juruá, 706, dentro da Unidade Einstein Alphaville. Tel.: (11) 99983-6666.
Horário de funcionamento: seg. a sex. das 7h às 21h; sáb. das 7h às 11h.