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Mudar o mundo enquanto transforma seu negócio — aplicando ESG com alma, intenção e estratégia.
A nova era da economia feminina é sobre negócios que brilham com coragem, colhem lucro com leveza e abraçam o planeta com intenção. Na EBEM, chamamos esse encontro de forças de lucro com propósito. E o atalho mais direto para chegar lá atende por três letras poderosas: ESG.
Quando uma mulher decide lapidar seu impacto, todo o mercado reflete essa luz.
Muitas de nós já estamos cultivando práticas que refletem nossos valores: reciclando com consciência, apoiando causas locais, criando espaços de trabalho mais humanos. Falta, porém, nomear e reconhecer essas iniciativas, medir seu valor e narrá-las com orgulho — porque reputação também se planta. Um estudo da Deloitte (2023) revela que 57 % dos consumidores globais preferem marcas com práticas socioambientais claras.
Como então, lapidar as siglas ao pulsar?
Muito mais do que decorar definições, fazer perguntas-bússola nos ajudam a manter o rumo com leveza, mesmo em meio à rotina intensa:
Ambiental — Como estou cuidando do planeta enquanto cresço? Pode ser repensado os materiais que você usa, escolhendo fornecedores locais, ou mesmo reduzindo desperdícios na operação. Não é sobre grandes revoluções — é sobre pequenos compromissos constantes.
Social — Como estou colocando pessoas no centro do meu negócio? Desde a forma como você reconhece sua equipe, até como se posiciona publicamente por causas que acredita. O impacto social começa com escuta, presença e intenção.
Governança — Como estou tomando decisões mais conscientes e transparentes? Criar rituais de avaliação, organizar processos internos, melhorar a comunicação com quem caminha com você — tudo isso é governança na prática.
Essas perguntas não são técnicas. São humanas. E quando respondidas com honestidade, elas alinham a alma do negócio à prosperidade que desejamos construir juntas.
Tudo começa acendendo um foco‑luz: escolher um pilar que conversa com a essência do seu negócio — reduzir resíduos, investir na comunidade ou formalizar processos éticos. Quando a meta nasce do propósito, a execução vira movimento natural.
Na sequência, vem o momento de transformar propósito em métrica palpável. Qual número fará seu coração acelerar quando aparecer no relatório? Talvez enxugar 20 % do plástico em três meses, ver dez mulheres da equipe assumindo micro‑lideranças até a próxima estação ou neutralizando as emissões do seu produto‑estrela antes do próximo aniversário da marca. O desafio precisa caber no calendário e no caixa — mas ainda assim provocar aquele frio bom na barriga.
E toda jornada merece palco. Compartilhe bastidores: o teste que falhou, o ajuste que salvou a meta, o sorriso da primeira conquista. Histórias reais geram conexão, conexão gera confiança — e confiança virá ao mercado.
Trajetória com intenção e método, resultados de reputação e admiração
Nos palcos da EBEM, nove em cada dez empresárias declararam tomar decisões mais alinhadas ao propósito depois de mapear seus pilares ESG. Quem acompanhou indicadores ambientais e sociais ao lado dos financeiros viu a margem crescer em média 18 %.
Nos encontros de netweaving, quase 80 % das participantes saíram com fornecedores ou clientes comprometidos com práticas sustentáveis, fortalecendo cadeias mais limpas. E os workshops na Casa da Empresária, alinhados aos ODS da ONU, vêm mostrando na prática que impacto global começa em escolhas locais.
Esses números confirmam: combinar propósito, método e comunidade acelera o resultado, um brilho consistente.
Lucro, propósito e cuidado: a equação que brilha!
Dados do Sebrae (2024) mostram que PMEs com práticas ESG têm 29 % mais chances de superar crises e manter crescimento sustentável. Faz sentido: reputação sólida atrai clientes fiéis, talentos apaixonados e investidores atentos.
Quando lapidamos nosso impacto, não brilhamos sozinhas; iluminamos o caminho de todas. E isso é o que move uma nova economia: mulheres fazendo do cuidado uma estratégia, do propósito uma métrica e da intenção uma liderança admirável.
Bora lapidar?
Tatyane Luncah, CEO da EBEM – Escola Brasileira de Empreendedorismo Feminino e mentora de mulheres empresárias.