GUGU LIBERATO

Como fênix, o apresentador retoma a carreira com programa exibido direto de Alphaville e lança o filho no comando de um programa culinário na Internet


Gugu Liberato, 56, nasceu virado para a lua! Sua trajetória profissional tem ingredientes de ascensão, queda, mas nunca derrota. Após passar por muitos altos e poucos baixos na carreira e ficar quase dois anos fora do ar, o apresentador voltou este ano com força total. Seu Programa do Gugu catapultou a audiência noturna da Record. Por tabela, o filho João Augusto, 13, já é aspirante ao sucesso com um programa de culinária na internet.

A escalada de Augusto Liberato começou nos anos 80, quando enviava a Silvio Santos, 85, ideias para programas. Foi contratado, aos 14 anos, como assistente de produção. Logo ganhou uma atração, em 1981, e se transformou em um dos maiores apresentadores da televisão brasileira. Viva a Noite e o Domingo Legal são suas marcas registradas. Em 1987, no auge do sucesso, Gugu assinou com a Globo. Silvio Santos, alegando uma delicada cirurgia, pediu a Roberto Marinho, dono da emissora, que devolvesse seu pupilo. Conseguiu! Gugu ficou no SBT, a peso de ouro. Com o grande sucesso – era líder de audiência batendo a TV Globo aos domingos – e a fortuna acumulada, Gugu construiu um império.

E tudo seguia muito bem no mundo encantado de Gugu , quando veio o escândalo do PCC. Em 2007, o Domingo Legal exibiu uma entrevista com falsos integrantes da facção e o caso foi parar no Ministério Público. O apresentador garantiu ignorar a farsa e, apesar do abalo, seguiu seu rumo. Até que, em 2009, Silvio Santos reduzir os custos da produção do Gugu. Desmotivado, ele foi para a Record ganhando (uau!) R$ 3 milhões. Seu programa foi exibido no canal até junho de 2013, quando a queda da audiência e faturamento fez a emissora tentar reduzir o orçamento da produção. Gugu optou, em comum acordo, por rescindir o contrato e saiu do ar.

Após o tempo sabático, viajando e se dedicando à família – Gugu, este ano, voltou para a Record, com a qual co-produz seu programa, que vai ao ar ao vivo, direto de seus estúdios na GGP (Gugu Produções), em Alphaville. Encara três atrações semanais e, adivinha? Entrou de novo na disputa pelo Ibope. Logo na estreia, o Programa do Gugu deu trabalho à Globo. Com a entrevista de Suzane Von Richthofen, ficou vários momentos em primeiro lugar. O último relatório de audiência mostra que ele elevou o Ibope da Record em 86%. Em junho, o programa, apesar de ter sofrido uma queda com relação aos índices iniciais, teve média de 8,3 pontos e está entre os cinco mais vistos no canal.

Se o atual momento profissional está equilibrado, no pessoal não é diferente. No imenso fã clube de Gugu Liberato tem três figuras: os filhos João e as gêmeas Sofia e Marina, 11, frutos do relacionamento com a médica Rose Miriam Di Matteo. Em entrevista ao Programa Domingo Espetacular, da Record, Gugu admitiu ser rígido, justificando não ser tarefa fácil educar pré-adolescentes: “Educar não é fácil, então, se a gente não tiver pulso firme, fica complicado”. Pai dedicado, do tipo que faz lição de casa com a prole, Gugu tem incentivado o primogênito a seguir seus passos como apresentador. João já mostra talento no programa Chef do Futuro, do canal Youtube, no qual é dirigido pelo pai: “Digo sempre para os meus três filhos que devem se dedicar a estudar e trabalhar naquilo que lhes dá prazer”, afirma Gugu, que nesta entrevista à Viva S/A, discorre sobre o seu excelente momento profissional, família e aspiração de vida.

Qual é o balanço do seu retorno à TV Record?
Eu, sinceramente, fiquei surpreso com os índices de audiência que conseguimos em tão pouco tempo. Estava prevista apenas uma temporada e já estamos na terceira.

Você conseguiu dois grandes furos de reportagem: as entrevistas com Suzane Von Richthofen e com o goleiro Bruno. Fale sobre essas experiências, que geraram tanta repercussão.
Devo agradecer a minha equipe, que trabalhou incansavelmente para a realização dessas entrevistas. Como jornalista, confesso que a repercussão também me surpreendeu. Os fatos que cercaram os entrevistados chocaram a sociedade em épocas distintas e esses acontecimentos permanecem no inconsciente de todos nós.

Quem você sonha entrevistar?
Colocaria nessa lista muita gente. Difícil dizer um nome só.

Destaque três momentos marcantes na carreira?
Minha carreira tem tido muitos momentos marcantes, como por exemplo, o período em que apresentei a Sessão Premiada, e minha estreia como apresentador do Viva a Noite – na década de 80, no SBT. Depois, minha estreia com programa de auditório, aos domingos, também no SBT – década de 90; minha ida para a Record, em 2009, e, finalmente, o momento atual, que considero um dos melhores.

Gugu, o que você costuma assistir na televisão?
Por força da profissão, assisto a tudo, mas dou preferência aos telejornais.

Qual a sua opinião a respeito do Netflix?
Acho o Netflix a maior novidade dos últimos tempos. Meus filhos não assistem a outra coisa. Mesmo com a agenda apertada, consegue acompanhar as atividades dos filhos? Procuro ser sempre um pai presente. Mesmo tendo que gravar muito, e muitas vezes viajar, somos uma família bastante unida.

Qual é grande legado que o seu pai lhe deixou, Gugu?
Meu pai foi caminhoneiro e nunca deixou faltar comida em casa. Não tínhamos luxo, vivíamos de aluguel, mas com trabalho e perseverança ele nos ensinou que a honestidade está acima de qualquer coisa.

Que legado você quer deixar para os seus filhos?
Quero repetir o que fez o meu pai. A felicidade está nas coisas simples.

Pode revelar o seu grande sonho?
Meu grande sonho é poder viver com saúde e poder ver meus filhos crescerem.

Como a nossa revista é de Alphaville e você mora na região, gostaria de saber as suas impressões sobre o bairro. Gosta do lugar e costuma frequentar as opções de lazer e gastronomia daqui.
Vim para Alphaville há 40 anos e, naquela época, só existiam os residenciais 1 e 2. Muita coisa mudou, mas adoro a região. Frequento, não só o comércio local, como também os cinemas e os ótimos restaurantes daqui.

Link da entrevista: https://issuu.com/vivasa/docs/170/6

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