Não há como pensar em gestão do bem-estar no futuro sem se preocupar com os desafios do presente, e se atentar a eles. Uma empresa que se renova e está ligada às tecnologias cada vez mais avançadas, necessita priorizar também o fator humano. Quanto mais tecnologia, mais é preciso estimular o contato e a humanização de todo o sistema. É na cultura da empresa que as habilidades são aprimoradas, o que propicia uma ambiência envolvendo a equipe na decisão de projetos e estratégias, e estimulando atitudes e protagonismos.
Para que tudo isso ocorra é crucial não se ter uma liderança tóxica em que o autoritarismo impõe metas e processos de forma vertical. Uma liderança com transparência e confiança nas relações, é aquela que está próxima à equipe com uma escuta atenta a como cada colaborador e equipe percebem seu trabalho, anseios e expectativas.
No imaginário do senso comum, tem-se a crença de que a gestão de competências era restrita a contratações e demissões. Na verdade, vai além disso. Ajuda a transformar os departamentos e o trabalho em uma experiência que gera uma cultura engajadora, na qual gestores podem atuar na prevenção e no bem-estar, mudando o comportamento e atitudes dos seus colaboradores em prol da saúde física, mental e emocional. Fatores como estes são importantes para conscientizar a mudança de hábitos na intenção de que as pessoas entendam o que fazer e para que fazer, e estejam motivadas a fazer.
Nessa linha de pensamento, percebo as empresas numa busca constante pelo novo e na cobrança de resultados. Quando se unem tecnologia e pessoas, há um processo de humanização e transformação. Não é a tecnologia que transforma, e sim as pessoas, pois, sem elas, não há mudanças!
Na área da beleza, por exemplo, temos muitas adversidades tecnológicas e inovações, porém, o mais importante é lembrarmos que estamos lidando com prestação de serviços na qual se atende, vende, executa e proporciona ao cliente experienciar um serviço que está sempre em aprimoramento e evolução. Quando falamos em um cenário organizacional, a beleza e o bem-estar andam em harmonia; a beleza proporciona o empoderamento e o bem-estar, a segurança. Essa segurança vem das pessoas que lideram e executam os serviços numa forma participativa e coletiva e, nesse contexto, haverá sempre a necessidade da interação e prática do humanismo.
Gerir pessoas é um desafio e nisso se tem muito a crescer. A tecnologia ajuda de várias formas, e, ainda assim, precisa do contato humano.
A gestão do bem-estar interage no mundo corporativo em um alinhamento de interesses que afeta a confiança, a segurança e o prazer de trabalhar na empresa, assim como o bem-estar físico e emocional dos colaboradores, clientes e parceiros.
Por: Jorge Eduardo – Professor da FGV e Hair Designer