Especial: Mundial de Clubes 2025 – Uma nova era no futebol global começa agora

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O futebol entrou para um novo capítulo da história. Pela primeira vez, o Mundial de Clubes foi disputado com o mesmo peso e proporção de uma Copa do Mundo de seleções. Com 32 times e estádios lotados nos Estados Unidos, o torneio de 2025 não apenas redefiniu o cenário do futebol de clubes, como também ampliou sua visibilidade global. E mais: foi um palco de protagonismo para o futebol brasileiro, que teve quatro representantes entre as potências do planeta.

Ao longo de um mês — de 14 de junho a 13 de julho — a bola rolou em 12 estádios de 11 cidades, reunindo craques, gigantes do futebol e uma série de inovações. A Viva Digital acompanhou cada detalhe dessa edição histórica e traz, a seguir, um panorama completo do campeonato que marcou o esporte mundial.

Formato inédito, impacto imenso

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Pela primeira vez, a FIFA estruturou o Mundial de Clubes com 32 equipes, divididas em oito grupos de quatro times, em um modelo idêntico ao da Copa do Mundo. Classificaram-se os dois melhores de cada grupo, que seguiram para o mata-mata: oitavas, quartas, semifinais e final.

Diferente das edições anteriores, não houve disputa de terceiro lugar. A decisão aconteceu no icônico MetLife Stadium, em Nova Jersey, com mais de 80 mil torcedores presentes.

A FIFA organizou o torneio em parceria com a Federação de Futebol dos Estados Unidos, apostando alto em tecnologia, marketing e experiência para os torcedores. Uma das novidades foi o uso de câmeras corporais por árbitros, o que ampliou a transparência das decisões e ofereceu novas perspectivas para o público.

Os clubes que fizeram história

O Brasil foi o país com mais representantes: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo. E eles não fizeram feio. Dois deles chegaram às quartas de final, e o Fluminense foi semifinalista.

Confira como ficaram os grupos:

Grupos da Primeira Fase

  • Grupo A: Palmeiras (BRA), Porto (POR), Al Ahly (EGI), Inter Miami (EUA)
  • Grupo B: PSG (FRA), Atlético de Madrid (ESP), Botafogo (BRA), Seattle Sounders (EUA)
  • Grupo C: Bayern de Munique (ALE), Auckland City (NZL), Boca Juniors (ARG), Benfica (POR)
  • Grupo D: Flamengo (BRA), Espérance de Tunis (TUN), Chelsea (ING), LAFC (EUA)
  • Grupo E: River Plate (ARG), Urawa Reds (JPN), Monterrey (MEX), Inter de Milão (ITA)
  • Grupo F: Fluminense (BRA), Borussia Dortmund (ALE), Ulsan (COR), Mamelodi Sundowns (AFS)
  • Grupo G: Manchester City (ING), Wydad (MAR), Al Ain (EAU), Juventus (ITA)
  • Grupo H: Real Madrid (ESP), Al-Hilal (ARS), Pachuca (MEX), Red Bull Salzburg (AUT)

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Após confrontos acirrados, oito clubes chegaram às quartas de final:

  • Palmeiras
  • Chelsea
  • Paris Saint-Germain
  • Bayern de Munique
  • Fluminense
  • Al-Hilal
  • Real Madrid
  • Borussia Dortmund

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Duelos emocionantes nas quartas

  • Fluminense 2 x 1 Al-Hilal
  • Palmeiras x Chelsea
  • PSG x Bayern de Munique
  • Borussia Dortmund x Real Madrid

O equilíbrio entre forças tradicionais e emergentes foi um dos grandes trunfos da competição. Na semifinal, estavam Fluminense, Chelsea, PSG e Real Madrid — um misto de tradição e inovação.

Palcos do espetáculo

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Os 12 estádios escolhidos refletem o poder de infraestrutura dos EUA, com arenas tecnológicas, acessíveis e com capacidades que variam de 20 mil a quase 90 mil pessoas. Apenas Orlando recebeu partidas em dois locais diferentes.

Destaques dos estádios:

  • Rose Bowl (Pasadena, CA) – 88.500 lugares: o mais imponente do torneio
  • MetLife Stadium (East Rutherford, NJ) – 82.500 lugares: sede da final
  • Mercedes-Benz Stadium (Atlanta, GA) – 75.000 lugares
  • Lumen Field (Seattle, WA) – 69.000 lugares

Outros palcos importantes incluíram o Hard Rock Stadium (Miami), Lincoln Financial Field (Filadélfia) e o Camping World Stadium (Orlando).

O protagonismo brasileiro

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Além de ter o maior número de representantes entre os países, o Brasil mostrou força em campo. O Fluminense chegou às semifinais com atuações consistentes e emocionou a torcida. Já o Palmeiras garantiu presença entre os oito melhores, consolidando sua posição entre os gigantes do continente.

Botafogo e Flamengo também tiveram bons momentos, mesmo não avançando às fases finais. Para os clubes brasileiros, a competição serviu como vitrine e como termômetro de nível internacional.

Tecnologia, legado e futuro

Mais do que uma competição, o Mundial de Clubes 2025 foi um laboratório para o futebol do futuro. A introdução de novas tecnologias, como as câmeras em árbitros, sinaliza uma era de maior envolvimento do público, além de reforçar o compromisso com a transparência.

Outro ponto de destaque foi a presença marcante do futebol asiático e africano. Clubes como Al-Hilal, Urawa Reds e Mamelodi Sundowns mostraram evolução e desafiaram equipes mais tradicionais, apontando para um futebol cada vez mais global e competitivo.

Uma nova era começou

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O Mundial de Clubes 2025 não foi apenas um torneio — foi uma declaração. De que o futebol de clubes pode, sim, ter um palco global. De que há espaço para inovação, diversidade e novas narrativas. De que o esporte mais popular do mundo ainda tem muito a evoluir.

Com partidas históricas, estádios memoráveis e a promessa de um futuro ainda mais inclusivo, o torneio realizado nos Estados Unidos entra para a história como o marco zero de uma nova era.