A Importa?ncia de aprender com os desafios

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Sempre busco experiências ao redor do mundo para compartilhar meus aprendizados com outras pessoas. Quando tenho a oportunidade de vivenciar algo novo, me aprofundo totalmente naquele universo e tento entender todos os detalhes que há por trás de um produto ou serviço que me encanta. As experiências que mais marcaram minha vida positivamente são, exatamente, aquelas que escondem o maior número de desafios em seus bastidores.

Sempre digo que a Disney é a empresa que mais admiro e também o lugar que mais me traz inspirações para criar algo novo, seja na minha vida pessoal ou profissional. Há alguns anos estive na Disneylândia, na Califórnia, para conhecer o Star Wars Galaxy’s Edge, uma nova área do parque construída totalmente sob a temática do filme. Depois de horas vivendo uma imersão no mundo do Star Wars como um todo e aprendendo mais sobre todo o processo de abertura da área, percebi como, muitas vezes, esquecemos que alguns produtos e serviços enfrentam uma grande questão: uma demanda muito maior do que é possível ser atendida no começo. É claro que isso pode ser visto como um problema bom mas, ainda assim, precisa ser solucionado. 

Abertura de novas áreas de parques temáticos costumam ter grandes momentos de perrengues, como foi o caso da inauguração da parte do Harry Potter, na Universal Studios, onde as pessoas ficavam uma média de 12 horas na fila para conseguir acessá-la. O mesmo também aconteceu quando o mundo de Avatar foi inaugurado no Animal Kingdom, na Disney, onde levava-se uma média de 8 horas para conseguir ver as maravilhas criadas em Pandora. 

Mesmo nos dias atuais, essa alta demanda no lançamento de produtos e serviços ainda costuma ser um desafio nas empresas, principalmente daquelas que são maiores e reconhecidas mundialmente. A Disney observou a sua própria experiência de inauguração e também a história de outros parques, e a Disneylândia arriscou fazer diferente com a área do Star Wars. Eles tiveram várias mini sacadas para tentar organizar melhor o fluxo de pessoas nas primeiras datas de lançamento do parque. Primeiramente, para acessá-la você precisava fazer uma reserva e, no dia da visitação, você recebia um ticket especial. Ou seja, até aquele momento, essa parte ainda não estava disponível para todos que chegavam no parque, nem mesmo para as pessoas que estavam dispostas a esperar horas em uma fila. Simplesmente não havia filas, porque somente as pessoas que fizeram uma reserva previamente conseguiam entrar no mundo de guerra nas estrelas. Além disso, o tempo de circulação para as pessoas que já estavam lá dentro era de, no máximo, 4 horas, de forma que o lugar fosse cedido para outra leva de pessoas. 

Foi incrível conhecer essa novidade na qual realmente me senti parte do filme, ainda mais ao lado de personagens que deram um verdadeiro show de interpretação. Parecia, de fato, que eu estava em outro planeta. Mais uma vez a Disney olhou para sua própria história, observou seus erros e encontrou soluções para proporcionarem a melhor experiência possível para o seu público. Cada vez mais percebo que nunca devemos parar de aprender, mesmo quando acreditamos que já chegamos em nossa melhor versão, pois a reinvenção é algo que sempre pode nos levar além.