Alimentação complementar – por que aos seis meses?

foto: Divulgação

Você já se perguntou o porquê de a alimentação complementar do bebê ser iniciada aos seis meses?

De acordo com o Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, publicado em 2012, a alimentação complementar deve ser iniciada a partir de seis meses de vida para bebês que mamam no peito e que fazem o uso de fórmulas infantis, sempre tendo cautela com os que nasceram com menos de 36 semanas de gestação, os prematuros. Nessas situações, é importante trabalhar com a idade corrigida do bebê, que é a idade ajustada ao grau de prematuridade em comparação ao tempo de uma gestação de 40 semanas; ou seja, por meio de um cálculo, é determinada a idade que o bebê teria se houvesse nascido de 40 semanas.

É somente em torno dos seis meses que a criança apresenta um estágio de desenvolvimento neurológico e cognitivo que a permite iniciar a alimentação complementar. A criança começa a apresentar os sinais de prontidão. E você sabe quais são? Aqui vão:
•o bebê pode sentar-se bem sem apoio (ou com mínimo apoio), tendo o controle total da cervical (cabeça firme);
•o bebê perdeu o reflexo de protrusão da língua e não empurra automaticamente os sólidos para fora da boca com ela;
•o bebê está pronto e disposto a mastigar;
•o bebê está desenvolvendo o movimento de pinça com os dedinhos, tentando pegar os alimentos ou outros objetos com o polegar e o indicador. Usar os dedos para raspar e prender o alimento na palma da mão (preensão palmar), não substitui o desenvolvimento do movimento de pinça;
•o bebê está ansioso para participar da hora das refeições e pode tentar agarrar a comida e colocá-la em sua boca, mostrando interesse pelos alimentos.
Além desses sinais de prontidão, existe um motivo fisiológico para esperar até os seis meses, que não é possível avaliar pelos sinais. O intestino e o sistema gastrointestinal precisam estar prontos para a produção de enzimas digestivas em quantidades adequadas, de modo que esteja preparado para receber os alimentos e não cause nenhum mal-estar ao bebê.

A alimentação complementar iniciada muito precocemente – antes dos seis meses de idade – pode desencadear manifestações alérgicas como dermatite, bronquite, esofagite, entre outros. Além disso, como há um rápido declínio no consumo do leite materno, o bebê deixará de receber os benefícios desse leite muito cedo, colocando em risco a saúde da criança.

Por: Thalita Cardoso – CRN: 3 55355 Graduada em Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pós-graduanda em Nutrição Maternoinfantil na Prática Clínica e Ortomolecular pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde (Fapes)

Tel.: (11) 99797-3081 | nutri.thalitacardoso | e-mail: nutri.thalitacardoso@gmail.com

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